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Vacinação

Maior hospital pediátrico do Brasil se posiciona a favor da vacina contra COVID19 para crianças

Diretoria e corpo clínico do Pequeno Príncipe reforça a importância da vacinação de meninos e meninas dessa faixa etária

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Hospital Pequeno Príncipe é o maior hospital pediátrico do Brasil. - Divulgação

 

Países como Estados Unidos, Argentina, Canadá, Chile, Cuba e outras nações europeias, como Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, Itália, França, Portugal, Grécia e Hungria, China e Israel já estão vacinando crianças de 05 a 11 anos contra a COVID19. Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, a ANVISA, já ter aprovado a vacina da Pfizer para imunização do público infantil, o governo brasileiro ainda não autorizou. Várias entidades e instituições médicas brasileiras já se posicionaram a favor. É o caso do Hospital Pequeno Príncipe, o maior hospital pediátrico do Brasil, com sede em Curitiba/ Paraná. Em nota publicada na última semana, a diretoria e corpo clínico do hospital apoiam a recomendação da ANVISA.

Para o diretor-técnico do Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, quanto mais pessoas vacinadas, mais perto do fim a crise sanitária vai estar. “Para o combate de qualquer pandemia, a melhor solução sempre foi a vacina. É inquestionável que os benefícios da vacinação em crianças superam os eventuais riscos”, diz o médico. O estado do Paraná anunciou que não deve exigir recomendação médica para a aplicação da vacina.

“O Hospital Pequeno Príncipe, priorizando sua postura de ética e responsabilidade no que diz respeito à saúde infanto-juvenil, vem reforçar a importância da inclusão de crianças de 5 a 11 anos na campanha de vacinação contra a COVID-19. O maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil ressalta que – após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberar a imunização contra a COVID-19 para aquela faixa etária e, mais recentemente, da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19, ligada ao Ministério da Saúde, divulgar uma nota técnica reforçando a segurança do imunizante para esse grupo – se posiciona a favor do parecer, com base em estudos, dado por especialistas. Pensando no bem-estar e saúde de todas as crianças, o Pequeno Príncipe reforça que é favorável à imunização de meninos e meninas na faixa de 5 a 11 anos em consonância com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Destacamos que o parecer da ANVISA reúne informações sobre o impacto da COVID-19 no grupo etário, avaliação de potenciais benefícios e riscos da vacinação, e condições a serem cumpridas pela fabricante após a aprovação”, diz a nota

O documento ainda destaca que “somente em 2021, até o momento, foram 1.285 crianças e adolescentes com diagnóstico positivo para COVID-19 atendidos no Hospital. É um aumento significativo em comparação aos 311 casos registrados em 2020. Além disso, observaram-se casos com maior gravidade. Em 2020, a média mensal de internamentos foi de nove pacientes. Neste ano, a média ficou em 21 casos por mês. Do total de ocorrências diagnosticadas, 241 pacientes – quase 20% – necessitaram de internamento, sendo que 60 precisaram de tratamentos intensivos na UTI do Pequeno Príncipe. E 47% das crianças e adolescentes que foram internados não tinham nenhuma comorbidade.”

A ANVISA aprovou nesta quinta-feira (16/12) a indicação da vacina Comirnaty para imunização contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade. A aprovação permite o início do uso da vacina no Brasil para esta faixa etária. 

A autorização veio após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório. Segundo a equipe técnica da Agência, as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela ANVISA. A avaliação da Agência levou 21 dias, descontados os 14 dias que a Pfizer utilizou para responder exigências técnicas da ANVISA. 

Edição: Ana Carolina Caldas