Não é hora de pensar em flexibilização de medidas de segurança
Os recordes históricos de mortes, a crise de oxigênio em Manaus, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 no Senado, novas cepas e o início da vacinação no Brasil. Estes são alguns dos episódios mais marcantes de 2021, relembrados na edição de hoje (20) do Programa Bem Viver, em uma retrospectiva do último ano da pandemia no país.
O Brasil chegou a concentrar 13% das mortes por covid-19 no planeta, mesmo tendo menos de 3% da população mundial. “Quanto mais a pandemia se prolonga e quanto mais a verba para a saúde pública reduz, pior é para o SUS e para a população brasileira. O planejamento do ano que vem tem que caber dentro do que ocorreu nos últimos dois anos de pandemia”, disse a médica Nathalia Neiva, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares.
Os boicotes do governo do presidente Jair Bolsonaro às medidas de contenção ao contágio também marcaram o ano e tiveram influência direta para o país alcançar a triste marca dos 617 mil mortos pela doença, o segundo maior número do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos.
“Não é hora de pensar em flexibilização de medidas de segurança. É o momento de preparar o Sistema para atendimento e para as doses de reforço que serão necessárias”, disse a médica.
Retrocessos ambientais
A bancada ruralista no Congresso Nacional conseguiu aprovar um projeto de lei que permite ocupações e desmatamento nas margens de rios de Áreas de Preservação Permanentes. A vegetação que margeia os cursos d'água, chamada de mata ciliar, é fundamental para manter fluxo dos rios. Sua perda pode causar assoreamento gerando grande impacto para a vida aquática.
O projeto de lei foi aprovado no apagar das luzes da Câmara Federal e deve impactar de forma permanente na legislação ambiental. A degradação da mata ciliar é um dos fatores responsáveis por desastres ambientais, como as enchentes que assolam municípios do sul da Bahia nas últimas semanas.
Resistência popular
Catadoras de materiais recicláveis do ABC paulista lançam o livro "Quarentena da Resistência", que reúne histórias de 21 catadoras. Nos relatos, as protagonistas contam os desafios que vivenciaram durante a pandemia no novo coronavírus, incluindo fome e luta contra a invisibilidade social.
Contar a própria história é uma forma potente de resistência para grupos historicamente marginalizados. Além do valor histórico, a produção resgata o legado da catadora e escritora Carolina Maria de Jesus, reconhecida e premiada internacionalmente por relatar seu cotidiano na Favela do Canindé, em São Paulo.
Sintonize
O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.
Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).
A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].
Edição: Sarah Fernandes