O cirurgião plástico Marco Antônio Barreto Rocha, de 56 anos, foi flagrado por câmeras agredindo e atirando contra a namorada, de 35 anos, no dia 25 de setembro, em Goiânia (GO), e foi indiciado por tentativa de feminicídio.
No entanto, na última quinta-feira (9), o Tribunal de Justiça de Goiás acatou o pedido do Ministério Público Estadual e mudou a tipificação do crime apenas para lesão corporal.
As agressões ocorreram dentro do estacionamento de um complexo hospitalar particular, no Setor Bueno. No local, o casal começou uma discussão, após a mulher determinar o final do relacionamento.
Rocha, então, de acordo com a investigação, começou a dar socos e pontapés na namorada. Por fim, o médico saca a arma e chega a colocar na boca da companheira, mas ela reage e o tiro pega em sua perna.
Ainda durante as agressões, Rocha atira os objetos da namorada no chão. Então, ela corre para dentro do carro, mas o médico a puxa pelos cabelos. Dias antes das agressões, o cirurgião plástico havia enviado fotos íntimas da namorada para pessoas conhecidas do casal e ameaçado agredí-la.
Rocha foi indiciado pelo Ministério Público por tentativa de feminicídio, que pode resultar em até 20 anos de prisão, e passou a ouvir testemunhas e pessoas ligadas ao casal.
Apesar de todas as imagens e laudos, após apelo da defesa do médico, o órgão decidiu mudar a tipificação do crime para lesão corporal, cuja pena máxima é de três anos de encarceramento.
O Ministério Público teria levado em conta que o médico interrompeu os disparos, após atingir a namorada, e fugiu do local. Rocha aguarda o julgamento em liberdade.
Edição: Leandro Melito