O cenário para as eleições presidenciais de 2022 mudou radicalmente desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em meados de 2019, as pesquisas eleitorais apontavam a liderança do atual mandatário com larga vantagem, enquanto as mais recentes apontam a possibilidade de vitória do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno.
A retomada dos direitos políticos do petista depois da anulação de processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pandemia do novo coronavírus e as investigações da CPI da Pandemia coincidem com a inflexão no resultado dos levantamentos.
Lula só passou a ser testado constantemente como candidato do PT no pleito a partir de março de 2020. Antes disso, Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, foi o nome do partido nas pesquisas – e era superado por Bolsonaro.
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Uma pesquisa divulgada pela Sensus na sexta-feira (3), encomendada pela revista IstoÉ, mostra que Lula poderia ganhar no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Na semana anterior, pesquisas feitas por Paraná Pesquisas, PoderData e Ipespe apontaram a consolidação do petista na dianteira e a tendência de queda de Bolsonaro.
O Brasil de Fato localizou 51 pesquisas eleitorais desde agosto de 2019. Como os estudos precisam ser registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas no ano da eleição, a pesquisa foi feita em veículos da imprensa e no Agregador de Pesquisas do jornal digital Poder360.
Foram consideradas pesquisas feitas pelos seguintes institutos e empresas de pesquisa: Datafolha, PoderData, CNT, Ipec, Paraná Pesquisas, Quaest, Ipespe, Futura, FSB Comunicação, MDA, Ideia Big Data, Atlas, DataTempo, Sensus e Vox Populi.
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A reportagem produziu um infográfico animado que mostra a evolução dos resultados das pesquisas eleitorais. Porém, como cada instituto ou empresa de pesquisa adota uma metodologia própria, é preciso analisar as informações com cautela.
Estudos de diferentes características não permitem dizer que um candidato “cresceu” ou “caiu". O crescimento ou a queda só podem ser aferidas a partir do levantamento imediatamente anterior do mesmo instituto ou empresa. Contudo, há a possibilidade de identificar tendências de crescimento, queda ou estabilidade.
Os resultados apresentados são de responsabilidade técnica e metodológica das empresas de pesquisas que realizaram os levantamentos. Caso tenha localizado algum erro, entre em contato com o Brasil de Fato.
Veja o infográfico (caso esteja lendo pelo celular, clique na marca do BdF, no canto inferior direito):
Edição: Anelize Moreira