O secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou na manhã desta segunda-feira (6) que considera "muito difícil" que ocorra alguma mudança na decisão do prefeito Eduardo Paes (PSD) sobre o cancelamento da festa do Réveillon na Praia de Copacabana.
"Acho muito difícil com o cenário que se colocou. É claro que ninguém gostaria de cancelar essa festa incrível, mas o clima de insegurança, mesmo com o cenário epidemiológico muito favorável, limita determinadas ações. O prefeito tomou essa decisão e vai discutir com o governador, mas, infelizmente, não há clima para uma festa”, declarou em entrevista à GloboNews.
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No último sábado (4), diante da pressão pelo cancelamento da festa, que costuma reunir mais de um milhão de pessoas nas areias de Copacabana, na zona sul do Rio, Paes afirmou que respeitaria a decisão do comitê científico do governo do estado por ser esta a medida mais restritiva. O comitê da capital fluminense havia liberado a festa.
"Respeitamos a ciência. Como são opiniões divergentes entre comitês científicos, vamos sempre ficar com a mais restritiva. O Comitê da prefeitura diz que pode. O do Estado diz que não. Então não pode. Vamos cancelar dessa forma a celebração oficial do réveillon do Rio", escreveu o prefeito, nas redes sociais.
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Logo após a declaração de Paes, porém, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que a decisão pelo cancelamento da festa ainda não era definitiva e que os chefes do Poder Executivo municipal e estadual anunciaram a medida em conjunto até o próximo dia 20.
"Falei há pouco com o prefeito Eduardo Paes e decidimos, juntos, que faremos uma reunião na próxima semana para uma decisão final sobre as festas do réveillon. Nesse encontro, participarão técnicos da saúde do Estado e do município", afirmou Castro, no sábado.
Edição: Eduardo Miranda