Rio de Janeiro

SAÚDE

Rio de Janeiro está entre os estados com maior crescimento dos casos de SRAG

Fiocruz aponta que aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave ocorreu em crianças e jovens adultos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A Prefeitura do Rio reforçou a campanha de vacinação contra a gripe após surto do vírus Influenza A (H3N2) no município - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgados na última quinta-feira (2), apontam os estados do Pará, Ceará e Rio de Janeiro como os com maior crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O estudo, referente à semana epidemiológica 47, no período de 21 a 27 de novembro, mostra que além de Ceará, Pará e Rio, o sinal de crescimento de casos de SRAG também se manifestou no Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia e São Paulo.

O boletim aponta que no dado nacional, embora se mostre como um crescimento leve da Síndrome Respiratória Aguda Grave, podendo ser compatível com cenário de oscilação em torno de valor estável, a análise por faixa etária indica se tratar de aumento em todas as faixas etárias abaixo de 60 anos.

Leia mais: Vacina contra a gripe: médica tira dúvidas sobre grupos prioritários e como proceder

De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, na população com 30 anos ou mais o crescimento é relativamente pequeno, sendo mais expressivo e presente desde novembro em crianças, adolescentes e jovens adultos de 20 a 29 anos.

Embora mais da metade das 27 unidades federativas apresentem sinal de crescimento na tendência de longo prazo, ou seja, nas últimas seis semanas, em parte delas o cenário de crescimento recente ainda é compatível com oscilação em torno de um valor estável.

No Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo o crescimento recente é observado fundamentalmente entre crianças de zero a nove anos. Já entre os fluminenses também se observou aumento entre jovens adultos de 20 a 29 anos.

O Pará apresenta sinal de crescimento em todas as faixas etárias, principalmente a partir de novembro. No Ceará, verifica-se situação similar, porém ainda incipiente.

Leia mais: Gripe ou covid? Programa Bem Viver explica qual vacina é prioridade para cada público

Capital do Rio

A análise observou ainda que na capital do Rio, o crescimento ao longo do mês de novembro se concentrou nas crianças e jovens adultos de 20 a 29 anos.

O crescimento nos casos de SRAG entre jovens adultos cariocas pode estar associado ao aumento de casos de síndrome gripal causados pelo vírus influenza A (gripe).

O pesquisador, no entanto, destaca que para avaliação adequada dos resultados laboratoriais associados a casos recentes é necessário aguardar algumas semanas para que essa informação seja atualizada no Sivep-Gripe pelas autoridades de saúde responsáveis (unidades de saúde da notificação ou secretarias de Saúde). Até o princípio de novembro manteve-se presença majoritária de casos associados ao vírus Sars-CoV-2 (covid-19) nessa faixa etária, bem como nos demais adultos.

 

 

Edição: Jaqueline Deister