Rio de Janeiro

MONITORAMENTO

Relatório avalia a situação da Região Metropolitana do Rio em 10 temas de políticas públicas

Publicação organizada pela Casa Fluminense busca contribuir para o fortalecimento do controle social da gestão pública

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A cada dois anos, uma nova edição do Relatório de Monitoramento Agenda Rio 2030 e dos indicadores do Mapa das Desigualdades serão lançados pela Casa Fluminense - Mauro Pimentel / AFP

O Relatório de Monitoramento Agenda Rio 2030 traz análises nas políticas públicas de habitação, emprego, transporte, segurança, saneamento, saúde, educação, cultura, assistência social e gestão pública nos 22 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A publicação foi lançada nesta quarta-feira (24) pela Casa Fluminense.

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No campo das políticas urbanas, o relatório trata do colapso do sistema de transporte no Rio de Janeiro e aponta como a crise no setor tem raízes nas falhas dos modelos de operação, financiamento, remuneração e na ausência de planejamento.

Segundo o relatório, dos 22 municípios da Região Metropolitana do  Rio, 19  não possuem planos de mobilidade. Os municípios do Rio de  Janeiro,  Petrópolis e Niterói finalizaram seus planos, mas apenas os dois primeiros possuem leis municipais de regulamentação.

Saúde e Assistência

Outro problema considerado grave é a estrutura de atendimento  na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) que as cidades da Região Metropolitana terão no pós-pandemia para lidar com as sequelas da covid-19.

O Relatório de Monitoramento demonstrou que, observando os últimos cinco anos,  10 municípios  perderam a capacidade de atendimento na Atenção Básica. Destes, Itaguaí, Paracambi e Cachoeiras de Macacu perderam mais de 20%. Entre as 22 cidades metropolitanas, Paracambi, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Queimados e Belford Roxo atendem menos da metade da população com Atenção Básica.

O cenário de falta de cobertura na saúde em alguns municípios da Região Metropolitana assemelha-se também à sobrecarga enfrentada pela rede dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), porta de entrada para o acesso aos equipamentos de proteção social e benefícios como o mais recente Auxílio Brasil.

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Para Claudia Cruz, uma das coordenadoras do Relatório de Monitoramento Agenda Rio 2030, a partir destes e outros dados e análises apresentados, a publicação busca contribuir para o fortalecimento do controle social da gestão pública e para o debate de políticas urbanas e sociais estratégicas no Rio de Janeiro.

“O Relatório cruza questões estruturais com o cenário da pandemia em um contexto de drástico acirramento das desigualdades, da violência e do reaparecimento da fome e da pobreza extrema. A ideia é lançar uma nova edição a cada dois anos com o monitoramento das propostas de políticas públicas apontadas na Agenda Rio 2030 e dos indicadores do Mapa das Desigualdades, sempre em construção coletiva com a nossa rede de parceiros pela Região Metropolitana”, conta Claudia Cruz.

 

Edição: Jaqueline Deister