Ativistas ambientais da organização não governamental CAN (Climate Action Network), na tradução "Rede de Ação Climática", que participam da COP26, a Conferência do Clima das Nações Unidas em Glasgow, na Escócia, "premiaram" o Brasil com o "Fóssil do Dia".
A honraria é uma sátira feita pela organização para criticar os países que emperraram negociações ou dificultaram ações para barrar os efeitos das mudanças climáticas.
Na homenagem, a ONG destaca a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que criticou o discurso da ativista indígena Txai Suruí, coordenadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia. Suruí mostrou como as mudanças climáticas estão impactando os povos indígenas.
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Ao rebater, Bolsonaro afirmou que "levaram uma índia [sic] para lá, para substituir o Raoni, para atacar o Brasil".
Segundo a CAN, além da crítica de Bolsonaro, Suruí ainda teria sofrido "bullyng de um funcionário do Ministério do Meio Ambiente do governo brasileiro, que se ergueu sobre ela dizendo que ela 'não deveria bater no Brasil'".
A premiação ocorre nas conferências da ONU desde 1999. Essa é a sexta vez que o Brasil é lembrado pela organização. A primeira foi em 2017, no governo de Michel Temer e as outras quatro foram durante a gestão de Jair Bolsonaro na presidência.
Edição: José Eduardo Bernardes