Os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram na última quarta-feira (3), por 36 votos a um, o projeto de lei 1345/2019 para proteger o último trecho da Mata Atlântica plana no município do Rio. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) foi o único a votar contra a proposta de proteção da área ambiental da Floresta Camboatá, em Deodoro, na zona oeste da capital.
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Na época dos Jogos Olímpicos de 2016, a Prefeitura do Rio chegou a propor que se construísse um autódromo na área da floresta. A proposta de Eduardo Paes (PSD) gerou forte mobilização popular e de ambientalistas. No início de 2021, ao tomar posse do novo mandato, Paes assumiu o compromisso de manter a floresta.
A construção do empreendimento demandaria a derrubada de mais de 200 mil árvores de 146 espécies e o desmatamento de uma área de quase 160 hectares. Agora, o projeto de autoria do ex-vereador Renato Cinco e do vereador Célio Lupparelli (DEM) segue para sanção de Paes.
O vereador Chico Alencar (Psol) destacou a mobilização popular intensa e constante contra a tentativa de destruir a floresta e, ao criticar Carlos Bolsonaro, lembrou do histórico negativo do governo federal nas pautas ambientais.
"Graças à incansável mobilização de moradores e ativistas, o autódromo não vingou e a floresta escapou da destruição. Agora podemos garantir de vez a proteção ambiental do Camboatá por meio desse PL, que ainda passará por 2ª votação. Adivinhem de quem foi o único voto contrário à preservação da Floresta do Camboatá? Carlos Zero Dois, o próprio".
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O vereador Lupparelli, coautor do projeto de lei, ressaltou que o momento é desafiador e que projetos de preservação do meio ambiente têm que ser colocados em prática. Ele disse que a Câmara dá o exemplo aos moradores do Rio, principalmente às crianças e jovens que estão iniciando a sua vida com respeito à questão ambiental.
"Um bom exemplo a dar a todo o estado do Rio de Janeiro e a todo o Brasil, porque hoje infelizmente estamos percebendo que nós não estamos muito bem na discussão ambiental mundo afora. Estamos sendo vistos como párias na questão ambiental”, enfatizou Lupparelli, em crítica direta à condução da pauta ambiental pelo governo Bolsonaro.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda