Na manhã desta quinta-feira (4), um ato organizado pelo movimento Levante Popular da Juventude reuniu militantes em frente ao prédio da Agência Nacional do Cinema (Ancine), na região central do Rio de Janeiro, com o objetivo de manifestar contra o governo Bolsonaro ao denunciar a censura ao filme "Marighella" e o desmonte da agência de fomento ao audiovisual.
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O filme, dirigido pelo ator Wagner Moura, estreia oficialmente nesta quinta-feira (4) nos cinemas nacionais, após dois anos de espera, sem qualquer investimento público para distribuição nas grandes salas - direito a que as grandes produções cinematográficas nacionais podem ter acesso.
O longa, protagonizado por Seu Jorge, teve as gravações finalizadas em 2019. Ele retrata os últimos cinco anos de vida de Carlos Marighella, guerrilheiro baiano que foi deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e líder da luta armada nos anos 1960. Sua estreia acontece no dia em que se completa 52 anos da morte do guerrilheiro.
“Nós não vamos tolerar a volta aos marcos da ditadura e vamos sim defender a arte e a cultura no nosso país”, afirmou a diretora de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE) e uma das organizadoras do ato, Rosa Amorim, durante o protesto.
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Em nota enviada à imprensa, o Levante ainda afirmou que o governo vem promovendo um verdadeiro ataque aos órgãos culturais do país. “A Ancine, agência que fomenta o cinema nacional, é uma ferramenta importantíssima para a valorização da cultura brasileira”, diz o trecho do texto.
De acordo com a integrante da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude, Carol Black, é preciso ter coragem para se mobilizar contra os ataques promovidos pelo governo Bolsonaro às produções culturais, sobretudo, as progressistas.
“O filme ‘Marighella’ sofreu uma tentativa de censura por ele ser um alentador do povo que nos ensinou que é preciso não ter medo e é preciso ter coragem para dizer levante contra a censura”, disse à reportagem do Brasil de Fato.
Edição: Mariana Pitasse