Educação

Professores do Distrito Federal realizam paralisação contra retorno das aulas presenciais

GDF indica que a adoção de medidas de prevenção à covid-19 é responsabilidade de profissionais da educação e estudantes.

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Ato contra a volta total das aulas será realizada em frente à Secretaria de Educação. - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Com pouco mais de 30 dias para o final do ano letivo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) determinou, no dia 29 de outubro, o retorno de 100% das aulas presenciais a partir da próxima quarta-feira (3).

A portaria, publicada no Diário Oficial do DF, estabelece o regresso total dos estudantes às atividades de ensino e aprendizagem, em todos os níveis, etapas, anos/séries e modalidades da educação nas unidades escolares da rede.

Contrário à determinação, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) convocou a categoria para uma paralisação das atividades escolares na data prevista para o retorno das aulas. O ato será realizado, às 9h, em frente à Secretaria de Educação, no Setor Bancário Norte.

A diretora do sindicato, Rosilene Correa, disse que a medida do governo foi tomada sem qualquer diálogo com a comunidade escolar, com a entidade sindical ou com o Comitê de Monitoramento do Retorno às Aulas Presenciais, liderado pela deputada distrital, Arlete Sampaio (PT).

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“Simplesmente determinou o retorno. Nós não temos espaço suficiente [nas escolas] para garantir o distanciamento. Essa medida não é razoável, tem pontos a serem tratados, por isso, diante da ausência de diálogo, nós faremos uma paralisação para forçar o diálogo com a secretaria de educação e ver as reais condições para o retorno presencial”, destaca a dirigente.

Correa ressalta ainda que o incentivo por parte do governo da desobrigação do uso da máscara em todos os ambientes induz “as nossas crianças e jovens a abandonar à proteção colocando a vida das pessoas em maior risco”, diz. “Não se acaba a pandemia por decreto”, completa.

Em comunicado à população, o Sindicato informa que a resolução do GDF “é muito grave” e  coloca em risco milhares de vidas, por esse motivo não haverá aula na rede de ensino no dia 3. A entidade exige também que o governo “reconsidere a decisão”.

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De acordo com a portaria do GDF, poderá ser mantida a oferta da modalidade remota para os estudantes, profissionais de educação ou colaboradores que estiverem em isolamento em razão de adoecimento por covid-19 ou quarentena em decorrência de contato próximo com caso confirmado da doença.

O turno será de quatro horas diárias até o término do ano letivo de 2021, exceto as modalidades e atendimentos com horários diferenciados, estabelecidos pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

O documento estabelece que a adoção e o cumprimento das medidas de prevenção, monitoramento e controle da covid-19 são de responsabilidade de gestores, profissionais da educação, colaboradores, estudantes, pais e/ou responsáveis e frequentadores das unidades escolares e instituições educacionais parceiras.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino