Rio de Janeiro

DESCONTROLE

No Rio de Janeiro, arroz e feijão têm variação de preço de até 35%, aponta Procon

Pesquisa foi solicitada para verificar se isenção de ICMS para alimentos no estado trouxe redução de preços a consumidor

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
procon alimento
Na capital, variação de preço de arroz foi a maior em todo o estado: o mesmo produto de 1kg foi encontrado por R$ 5,12 e R$ 6,99, uma oscilação de 37% - Divulgação

O Procon do Rio de Janeiro fez um levantamento de preços de produtos que são a base da alimentação dos brasileiros e identificou que houve variação de até 37% no arroz e de até 35% no feijão em cidades do estado, quando comparado o produto de igual marca em diferentes supermercados do mesmo município.

A pesquisa foi solicitada pela Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor para apurar se a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) concedida pelo estado sobre a circulação destes dois alimentos trouxe redução de preço ao consumidor.

A capital fluminense teve a maior variação de preço de arroz de todo o estado. O mesmo produto de 1kg foi encontrado por R$ 5,12 e R$ 6,99, uma oscilação de 37%. Enquanto o feijão era vendido a R$ 8,19 e R$ 6,79, com diferença de 21%.

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Em Magé, o mesmo arroz de 5kg chegou a custar R$ 37,49 em um supermercado e R$ 29,98 no outro. O feijão também teve variação significativa de preço, de até 18%. Em Nilópolis, na Baixada Fluminense, os moradores podem pagar até 30% mais caro pelo arroz e 22% pelo feijão. Já em Nova Iguaçu, o arroz variou 20% nos preços enquanto a oscilação do feijão foi de 6%, com valores entre R$ 9,49 e R$ 8,99.

A oscilação do preço do feijão em Niterói foi a mesma que em Nova Iguaçu. O arroz vendido no município variou no máximo 18%, sendo a cidade que teve a menor alteração de preço do produto na Região Metropolitana.

Outras regiões

Entre as duas cidades da região Norte Fluminense pesquisadas, Campos dos Goytacazes é o município que o consumidor precisa ficar mais atento em relação aos preços. Os agentes constataram variação de mais de 30% tanto no arroz quanto no feijão. O mesmo arroz de 1kg custa R$ 4,79 em um estabelecimento e R$ 6,39 em outro. O feijão variou 35%, entre R$ 7,79 e R$ 10,49.

Já em Macaé, a diferença entre os valores cobrados por uma igual marca de arroz chegou a até 21% - entre R$ 6,79 e R$ 8,19 -, enquanto pelo feijão, 16%, R$ 7,95 em um supermercado e R$ 9,19 num outro.

Em Mangaratiba, na região da Costa Verde, a oscilação do valor do arroz e do feijão foi muito parecida, 22% e 21%. O arroz de 5 kg é vendido entre R$ 25,50 e R$ 30,99. Enquanto o preço do feijão varia entre R$ 8,23 e R$ 9,99.

Em Cabo Frio, única idade pesquisada da Região dos Lagos, os agentes não constataram alteração no preço do feijão da mesma marca. Por outro lado, o arroz teve variação de 15%, o que pode gerar uma economia de R$ 5,00 ao consumidor em um único produto.

Na Região Serrana, o feijão teve oscilação de preço de 20% em Nova Friburgo, sendo vendido por R$ 7,49 em um supermercado, enquanto o mesmo produto era comercializado por R$ 8,99 no concorrente. Já no arroz, a variação foi menor, de 12%.

Outros produtos

O Procon-RJ identificou grande variação de preços nos outros itens pesquisados que fazem parte da base alimentar dos brasileiros. Com variação percentual acima de 90%, estava o macarrão, no Rio de Janeiro, e sal, em Macaé.

A economia que o consumidor pode fazer ao comprar o leite em Niterói é de R$ 3,91. Já a diferença de preço do fubá chegou a R$ 2,60 em Campos dos Goytacazes que também foi encontrada no açúcar comercializado em Cabo Frio.

A farinha de trigo oscilou até 49% no Rio de Janeiro. Enquanto a farinha de mandioca chegou a oscilar 33% em Nilópolis. O óleo pôde ser encontrado a R$ 8,49 e R$10,99 em Mangaratiba. Fechando os itens pesquisados da cesta básica, a caixa de ovos de 12 unidades chegou a custar R$ 8,19 e R$ 6,99 em Cabo Frio.

A pesquisa e análise dos preços foram realizadas entre os dias 20 e 29 de outubro. O Procon-RJ informou que todas as comparações de preços citadas foram feitas em relação aos produtos da mesma marca.

Edição: Eduardo Miranda