A criação de um imposto global de 15% no lucro das multinacionais, especialmente das grandes empresas de tecnologia, como Google, Amazon, Facebook, Microsoft ou Apple, teve "amplo" apoio entre os líderes do G20, que estão reunidos em Roma, na Itália, neste sábado (30), informam fontes diplomáticas.
Durante a reunião, o apoio explícito foi dado por Estados Unidos, Brasil, França e Coreia do Sul, acrescentam as fontes. Ainda conforme um representante do governo de Washington, um estudo apontou que a arrecadação da taxa resultará em, ao menos, US$ 60 bilhões ao ano só para os Estados Unidos.
"Direi que o acordo é um testamento para a diplomacia e a liderança norte-americana", afirmou.
O acordo deve entrar em vigor, plenamente, em 2023 e seguirá a previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A taxa global tem como objetivo evitar que multinacionais, especialmente as de tecnologia e internet, usem as disputas fiscais entre os países para pagar menos impostos.
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Aprovado em julho pelos líderes do G7 e recebendo o apoio posterior de 130 países, por meio da ação da OCDE, o acordo conseguiu três importantes adesões em outubro: Irlanda, Hungria e Estônia, que são sedes de grandes conglomerados tecnológicos.
Essa adesão posterior ocorreu por conta de uma alteração do texto original: ao invés de citar que esse imposto seria de "ao menos 15%", agora está acordado que ele "será de 15%".
Sobre o G20
O G20 é um fórum que reúne economias de países que representam mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 75% do comércio global, 60% da população e 80% das emissões de gases de efeito estufa. A de Roma é a primeira cúpula presencial desde o início da pandemia.
O fórum é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia.
Nesta edição, os líderes da China, da Rússia, do Japão, do México e da Arábia Saudita não comparecerão presencialmente ao encontro.
(*) Com informações da Ansa.