Começa na próxima quarta-feira (27) a 14ª edição do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, que vai exibir gratuitamente e na modalidade remota pela plataforma innsaei 155 filmes, sendo 123 nacionais (entre curtas e longas) e 32 internacionais (curtas, médias e longas metragens). Nos dias 5 e 6 de novembro, o Encontro será presencial no Cine Odeon, no centro do Rio de Janeiro.
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A edição deste ano reflete sobre um futuro possível com o tema “memória, vestígios e futuridade” e homenageia nomes fundamentais para a cultura negra brasileira, como Januário Garcia, Sandro Lopes, Ismael Ivo, Gésio Amadeu, Erika Ferreira, João Acaiabe, Nelson Sargento, Ubirany Félix do Nascimento, Agnaldo Timóteo, Edson Montenegro, Marcelo Reis e de nomes que foram vítimas da pandemia da covid-19.
Em paralelo à mostra de filmes, a programação terá ainda atividades formativas, como as séries Entre Vestígios e Futuridades (dias 28 e 30/10 e 01 e 03/11, sempre às 10h), Borrando Fronteiras (dias 29 e 31/11, 02 e 04/11, sempre às 10h) e a série Políticas do Olhar: diálogos sobre curadoria e descolonização (dias 28/10 a 04/11, às 11h15).
A diretora e produtora executiva do Encontro desde 2007, Biza Vianna, e as curadoras Janaína Oliveira e Ana Paula Ribeiro afirmam que a edição aponta para o legado deixado por Zózimo Bulbul e "aposta em um futuro em que caiba principalmente mulheres e homens pretos, a comunidade LGBTQIA+, valorizando as diversidades de relacionamentos não incluídos".
"Vivemos envoltos de incertezas e questões a serem resolvidas que não permitem uma expectativa alegre. Mas ao direcionarmos os nossos olhares para os vestígios e memórias, conseguimos pensar um futuro que nos caiba, reconhecendo que as conexões virtuais, a princípio impostas pela pandemia, nos geraram movimentos inesperados e acabaram nos sendo muito úteis e produtivas", comenta Biza Vianna.
Com a temática deste ano, o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul: Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas visa ressaltar o movimento Sankofa de retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro para mostrar como as contribuições históricas não só embasam as narrativas de debate, mas também são estímulos do pensamento da população negra quanto o futuro.
Edição: Eduardo Miranda