A Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia do Ministério Público do Estado (MP-RJ) contra dois policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil envolvidos na “Chacina do Jacarezinho". A operação, que ocorreu em maio deste ano, ficou marcada como a mais letal do estado e resultou em 28 mortos, incluindo um policial.
Os policiais Douglas de Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira foram denunciados por homicídio qualificado e fraude processual pela morte de Omar Pereira da Silva. De acordo com a denúncia, o crime foi praticado quando o jovem de 21 anos já estava baleado e desarmado dentro de um quarto infantil na Travessa São Manuel.
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A denúncia também aponta que os policiais “plantaram” uma granada no local do crime e, no momento de registro da ocorrência, apresentaram uma pistola e um carregador, alegando falsamente terem sido recolhidos junto à vítima.
Na decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, Douglas e Anderson ficam afastados de operações “e de toda e qualquer atividade policial no bairro onde se deram os fatos imputados".
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Uma força-tarefa independente do MP-RJ atua nas investigações das mortes e demais violações ocorridas na operação policial no Jacarezinho.
Segundo o MP-RJ, esta é a primeira denúncia oferecida contra agentes de segurança, em decorrência de ação policial, após decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “ADPF das favelas”.
Edição: Clívia Mesquita