O conjunto de favelas do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, vai inaugurar na segunda-feira (18) um espaço especial para as crianças da comunidade com brincadeiras, jogos e intervenções lúdicas. É o projeto "Favelas do Brincar", iniciativa do Movimento Unidos Pelo Brincar, que leva uma série de atividades dedicadas ao desenvolvimento dos pequenos para áreas públicas de favelas.
No mês das crianças, a ação chega à favela do Alemão no Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap), organização comunitária e de acolhimento às demandas sociais. O endereço é Rua Canitar, Campo do Sargento, S/N, no bairro de Inhaúma.
"Toda criança tem o direito ao lazer, por isso, o ‘Favelas do Brincar’ tem uma importância neste contexto. O brincar traz desenvolvimento e inclusão para as crianças, principalmente, àquelas que precisam de espaços lúdicos de interação, segurança e qualidade. Isso é de extrema importância nas favelas”, afirma Lúcia Cabral, educadora e fundadora do Educap.
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Antes do Alemão, as intervenções do projeto "Favelas do Brincar", já passaram por Paraisópolis, em São Paulo e, nos próximos meses, seguem para Heliópolis, também na capital paulista. O direito de brincar, componente do processo de aprendizagem, é muitas vezes renegado às crianças mais vulneráveis. Essa dificuldade ficou ainda maior na pandemia com a necessidade de isolamento.
A pesquisa “O Brincar nas Favelas Brasileiras”, realizada pelo movimento Unidos pelo Brincar em parceria com o Instituto Locomotiva e o Data Favela, apontou que o fechamento de creches e escolas, ao invés de aproximar mães e filhos, os afastou: 50% acham que a pandemia trouxe dificuldade em encontrar tempo para brincar com as crianças.
Contudo, todas as mães dizem acreditar que as brincadeiras são importantes para o aprendizado infantil, principalmente para habilidades de comunicação, socioemocionais, desenvolvimento físico e concentração.
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O "Favelas do Brincar" é uma iniciativa do Movimento Unidos Pelo Brincar, em parceria com o G10 Favelas, com objetivo de impulsionar a aprendizagem através das brincadeiras e abrir caminhos para que organizações, comunidades e governos repliquem o formato em outros territórios. Além disso, chama a atenção do poder público para a importância desses espaços para o desenvolvimento integral das crianças.
Edição: Clívia Mesquita