Nesta semana ganhou a página dos veículos de comunicação uma reportagem publicada, no último domingo (3), pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que revelou os nomes de políticos, funcionário públicos de alto escalão, empresários e personalidades de 91 países que mantêm empresas offshore em paraísos fiscais.
Entre os brasileiros, os nomes que mais repercutiram foram os de Paulo Guedes, ministro da Economia, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC).
No episódio do podcast Três por Quatro desta semana, a economista Juliane Furno, a jurista Carol Proner e o ex-ministro José Dirceu discutem as informações reveladas pela reportagem intitulada Pandora Papers.
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Segundo os documentos, Guedes criou a Dreadnoughts International Group em 2014, nas Ilhas Virgens Britânicas. Naquele ano, ele possuía pelo menos US$ 8 milhões investidos na companhia, registrada em seu nome e nos de sua esposa, Maria Cristina Bolívar Drumond Guedes, e da filha, Paula Drumond Guedes. O valor saltou para US$ 9,5 milhões no ano seguinte.
Parlamentares da oposição apontam que o ministro e o presidente do BC violaram o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, que obriga agentes públicos a comunicarem à Comissão de Ética Pública (CEP) a aquisição, direta ou indireta, do controle de empresas, e alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do patrimônio.
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Guedes e Campos Neto alegam que não fizeram movimentações em empresas offshore desde que assumiram cargos no governo federal.
Dá o play:
Edição: Leandro Melito