Após o Comitê Científico da Prefeitura do Rio recomendar nesta semana a volta às aulas totalmente presenciais, a Secretaria municipal de Educação anunciou na manhã desta quinta-feira (7) um calendário de implementação de novas normas para o retorno.
Segundo a secretaria, mesmo com o fim do esquema de rodízio, os alunos ainda poderão escolher entre voltar à sala de aula ou permanecer no ensino híbrido. A medida prevê a autorização para todos os estabelecimentos de ensino na cidade.
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Para Dorothea Frota Santana, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), a medida é descabida e preocupante.
"Os alunos precisam ser todos vacinados para o retorno às aulas. A quebra dos protocolos feita por Eduardo Paes, que agora está anunciando a suspensão das máscaras em locais públicos, é preocupante. O vírus não pensa em decretos e nem ordem dos governo, ele se instala, se tiver brecha já era”, disse a professora ao Brasil de Fato.
A medida da secretaria estabelece que o uso de máscaras nas escolas segue obrigatório, mas suspende a recomendação de distanciamento, assim, a capacidade de estudantes nas turmas volta a ser a de antes da pandemia.
“A gente que trabalha em sala de aula sabe o que é uma aglomeração. Ainda mais as escolas públicas, com poucos funcionários que trabalhem com esse monitoramento sobre as medidas de proteção”, complementa.
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O retorno às aulas é defendido pela prefeitura com a justificativa de melhoria dos indicadores da covid-19 e o avanço da vacinação, especialmente nos profissionais da educação e em alunos a partir de 12 anos. No entanto, como argumenta Dorothea, a pandemia ainda não acabou.
“Muitas famílias estão optando por não enviar seus filhos porque não se sentem seguros com os protocolos que não acontecem em muitas unidades escolares. Estamos acompanhando uma escola que volta e meia fecha com salas cheias de casos de covid. A pandemia ainda não acabou e os governos estão passando por cima dos protocolos seguros”, conclui.
Edição: Mariana Pitasse