Médicos não tinham autonomia para decidir qual medicamento utilizar no tratamento contra a covid-19
As descobertas sobre a Prevent Senior daria uma série inteira de podcast somente sobre o assunto. No episódio do podcast Três por Quatro desta semana, a economista Juliane Furno, a jurista Carol Proner e o ex-ministro José Dirceu discutem os principais pontos e as últimas atualizações do caso.
O caso da, explorado nesta semana pela CPI da Covid, voltou a impressionar a todos pelo depoimento de Bruna Morato, advogada de ex-médicos da Prevent Senior, que denunciaram a pressão da empresa para a utilização do "kit covid". Morato afirmou que os profissionais da empresa não tinham a autonomia médica para decidirem qual medicamento utilizar no tratamento contra a covid-19.
A advogada explicou que o protocolo de receitar medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença, como cloroquina e ivermectina, é institucional, ou seja, vinha da direção da empresa. Ela também afirmou que existe um castigo estipulado de redução de plantões para os médicos que se recusassem a adotar o tratamento precoce.
“Se você não demonstrasse lealdade e obediência aos protocolos, sofreria punições”, afirmou a advogada, que, inclusive, apontou para a prática de demissão em massa caso algum profissional desagradasse a instituição.
No episódio, Furno, Proner e Dirceu também discutem o veto, que foi derrubado pela Câmara dos Deputados nesta semana, do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Projeto de Lei (PL) nº 827/2020, que suspende despejos durante a pandemia de covid-19. Assim, ficam proibidos despejos pelo menos até 31 de dezembro deste ano.
Dá o play:
Edição: Anelize Moreira