Rio de Janeiro

MOROSIDADE

Após 15 dias, Itamaraty se pronuncia sobre atentado contra Consulado Geral da China no Rio

Ministério das Relações Exteriores informou que “todos os esforços serão empregados para elucidar o caso"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
No dia 18, o consulado chinês soltou uma nota oficial em que classifica a ação como um “ato de grave violência” - (Foto: hippopx)

O primeiro pronunciamento oficial do Ministério das Relações Exteriores sobre o atentado contra o Consulado Geral da China no Rio de Janeiro ocorreu na última quinta-feira (30), 14 dias depois do episódio que segue sob investigação da Polícia Civil.

Na nota, o Ministério das Relações Exteriores desta que “recebeu com satisfação a informação do Departamento de Polícia da Capital do Rio de Janeiro de que as investigações sobre o atentado cometido contra o Consulado Geral da China naquela cidade estão sendo conduzidas com celeridade e presteza”. 

Segundo o comunicado no site oficial do Itamaraty, “todos os esforços serão empregados para elucidar o caso e levar o responsável ou responsáveis à Justiça, e também para proteger a segurança do corpo diplomático e consular acreditado no Brasil”.

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Em reportagem da Folha de São Paulo, o ministro Carlos França, disse que o ataque é "uma questão policial". 

"É claro que entramos em contato com a embaixada, o consulado, fizemos todo o protocolo de segurança, nos colocamos à disposição. É claro que lamentamos. Agora, eu queria saber o que era aquilo. Era um doido ou um atentado político, questão de ódio, o que é isso? No momento que tivemos mais condições, soltamos uma nota. Não somos polícia", destacou o chanceler à Folha.

Atentado

O atentado ocorreu na noite de quinta-feira (16) e foi gravado por câmeras de segurança do consulado.

Nas imagens é possível identificar um homem usando máscara e boné pretos, que lança um artefato explosivo contra o prédio.

O ataque, que ocasionou danos à entrada do prédio, não teve feridos. No dia 18, o consulado chinês soltou uma nota oficial em que classifica a ação como um “ato de grave violência” e cobra uma investigação séria do caso. 

“Foi um grave ato de violência ao qual o Consulado Geral da China manifesta veemente condenação. Mantendo estreita comunicação com as autoridades brasileiras, esta missão consular pede a investigação minuciosa sobre o ataque, a punição do culpado nos termos da lei e medidas cabíveis para evitar que incidentes similares voltem a ocorrer”, diz o comunicado.

A  Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se pronunciaram logo após o caso repudiando o ato de violência e cobrando proteção à missão diplomática.

Edição: Jaqueline Deister