O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo realizou ato em frente à Folha de São Paulo na manhã desta quinta-feira (30) contra o arrocho salarial. Após quatro meses de negociações, o sindicato Patronal dos Jornais e Revistas da Capital mantém sua proposta de reajuste abaixo da inflação do período. O local foi escolhido devido a que o presidente do Sindicato Patronal é do jornal.
Paulo Zocchi, diretor do SindJor SP, vice-presidente da FENAJ explicou a campanha salarial: "A inflação no período que antecede a nossa data base, ela foi 8,9% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). E é importante destacar que o que mais subiu nesse índice foi a alimentação, combustíveis, aluguéis (...) justamente as coisas que pesam no bolso do trabalhador subiram muito acima desses 8,9%".
"A nossa campanha parte da ideia de pelo menos repor a perda inflacionária no salário, mas a proposta do patronato é reajustar os salários em 4,45% partir do mês de assinatura do acordo, ou seja, eles não consideram retroativo e consideram da só metade da inflação dos salários. É uma proposta totalmente inaceitável", completou Zocchi.
Thiago Tanji, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, afirmou que o aumento da carga de trabalho e os ataques à categoria por parte do governo Bolsonaro e seus estão entre as pautas do sindicato. "A gente tá na rua desde 29 de maio e com certeza agora no sábado 2 de outubro, a gente vai voltar, inclusive com uma faixa que dirá 'Bolsonaro mata, informação salva', e que acredito que sintetiza um pouco, representa a nossa classe jornalística".
O dirigente afirmou que a categoria "exerceu um trabalho essencial, fundamental na pandemia e agora temos que, não só garantir nossos direitos, nossos salários, mas também o livre exercício da nossa profissão".
O Jornal Brasil Atual também traz detalhes sobre atos realizados nesta quinta-feira pelo Levante Popular da Juventude e o Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O levante realizou um “escracho” na sede da Prevent Senior, em São Paulo. A fachada da empresa foi tingida de vermelho pelos manifestantes para denunciar o sangue derramado dos pacientes com covid-19 que morreram em decorrência dos experimentos e práticas ilegais adotadas pela Prevent Senior. Também espalharam notas falsas de dólar, simbolizando o lucro acima das vidas.
O MTST, por sua vez, realizou uma ação em frente à mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro em Brasília. O Ato denunciou fome, preços altos e corrupção do governo em um dos bairros mais nobres da capital do país.
*Com informações de Larissa Gould e Rede Brasil Atual.
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Edição: Mauro Ramos