Cuba anunciou que vacinou 80% da sua população com ao menos uma dose de seus três imunizantes próprios: a Soberana 02, Soberana Plus e a Abddala, tornando-se o primeiro país da América Latina a atingir a meta. Desde o início da emergência sanitária global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ao menos 70% da população de cada país deveria ser vacinada para obter a chamada "imunidade de rebanho", o que permitiria o fim da quarentena.
O Estado cubano aplicou uma média de 200 mil vacinas por dia. O objetivo é vacinar toda a população até o final do ano, mas a reabertura das fronteiras deve começar a partir de novembro. De acordo com o Ministério de Saúde Pública, 64,3% da população recebeu a segunda dose e 51,3%, equivalente 5,1 milhões de pessoas, completaram o esquema de imunização.
Os dados podem ser conferidos no agregador de estatísticas Our World in Data, da Universidade de Oxford.
Já em outubro a ilha caribenha retomará aulas presenciais em todo o sistema público de educação. Nos últimos 20 dias, 1,6 milhão de crianças foram vacinadas, sendo que 900 mil têm idade de 2 a 11 anos.
"Nossa estratégia tem três princípios: vacinação universal, escalonada e intensiva. Pudemos implementar essa estratégia porque Cuba conta com suas fortalezas: o sistema de saúde e grande indústria farmacêutica", declarou a diretora de ciência e inovação do Ministério de Saúde Pública de Cuba, Ileana Morales.
Todas as fórmulas cubanas passaram por testes clínicos dentro e fora do país até ter seu uso emergencial aprovado pelo Centro para Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed).
"Nós temos um compromisso com o povo cubano e o que dissemos estamos conquistando", afirmou a diretora de ciência e inovação do Ministério de Saúde Pública de Cuba, Ileana Morales.
Desde o início da pandemia, Cuba acumula 872 mil contaminados e 7.378 falecidos pela covid-19.
Edição: Thales Schmidt