Não é uma coincidência. Não é uma questão ideológica. Não é um engano. É deliberado.
O plano de saúde Prevent Senior usou seres humanos como cobaias. Ao ocultar mortes em estudos de hidroxicloroquina e fraudar resultados, a empresa enviou seres humanos para as câmaras de gás da perversão bolsonarista.
Não é uma coincidência. Não é uma questão ideológica. Não é um engano. É deliberado. É assassinato de pessoas em condição de extrema vulnerabilidade.
:: Escândalo da Prevent Senior pode prorrogar funcionamento da CPI da Covid ::
Tudo feito com apoio do governo federal. Sem o consentimento dos doentes. Sem a autorização da família. Sem cumprir nenhuma das regras estabelecidas pelos protocolos de pesquisa científica.
Assim como no caso da Prevent Senior, o que houve em Manaus, com seres humanos sufocados até à morte por falta de oxigênio, foi assassinato. Crimes orquestrados por Eduardo Pazuello, general da ativa, à mando de Bolsonaro, o mau soldado, como classificou Ernesto Geisel.
Tudo isso enquanto a capitã cloroquina, a médica Mayra Pinheiro, mobilizava recursos para recomendar o uso de remédios ineficazes contra a Covid-19.
“Capitã” que não agia sozinha. Estava a mando de Eduardo Pazuello, general da ativa, que cumpria ordens de Jair Bolsonaro, o mau soldado.
:: CPI da Covid: Capitã Cloroquina faz jus ao codinome e defende o uso do medicamento ::
No Exército, Bolsonaro agiu como terrorista ao planejar atentados para reivindicar aumento de salário. No comando do Brasil, agiu como terrorista ao atrasar a compra de vacinas e propagandear tratamentos sem eficácia.
Ainda assim, até hoje os militares lambem a sola das botas do mau soldado. Não se empolgue. É só uma questão de negócios.
O Procurador Geral da República, Augusto Aras, lambe a sola das botas de Bolsonaro. O deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, lambe a sola das botas de Bolsonaro. Você sabe... não se empolgue.
:: Sem impeachment: Arthur Lira quer ‘ponte de pacificação’ entre Executivo e Judiciário ::
Onde vamos parar com tudo isso?
O que houve no Brasil foi assassinato. Desde o início, desde quando um aplicativo do Ministério da Saúde, o TrateCOV, passou a indicar cloroquina até para bebês com diarreia. Se não doloso, certamente culposo. Os tribunais melhor dirão. Espera-se.
Facínoras do Exército e servidores corruptos tentaram se dar bem com a compra de vacinas fajutas, conforme escândalos revelados pela CPI da Covid.
O Brasil está sob um regime de terror. Um governo genocida, paranoico, fascista e corrupto.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, com as entranhas entupidas de dinheiro público, é conivente.
Lira está sentado sobre corpos humanos vitimados pela covid-19.
Lira vai até o fim na recusa de dar andamento ao impeachment do chefe do bando. São apenas negócios.
São 600 mil mortes pela covid-19. E seguimos contando.
Para honrar a necropolítica do comandante em chefe, o anjo da morte em exercício, Marcelo Queiroga, triturou à frio a própria biografia e mandou interromper a vacinação de adolescentes.
Onde vamos parar com tudo isso? Não há limites para a política de morte.
Enquanto isso, Michel Temer, um sujeito que deveria estar na cadeia, é o novo Macunaíma, nosso mais querido herói sem caráter.
Temer promoveu uma pacificação de araque entre Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Depois, foi à casa de Naji Nahas, que dispensa apresentações, gargalhar das próprias peraltices.
É de erubescer o mais tacanho e sanguinário miliciano de Rio das Pedras.
Jair Bolsonaro e seus filhos colocaram o país de joelhos.
Amplos setores do “mercado” financiam o genocida. São eles que mexem as cordinhas que movimentam o terrorista. Nos dias atuais, o “mercado” aparenta um certo arrependimento. Não se iluda. Nada é o que aparenta ser na Faria Lima.
Onde vamos parar com tudo isso?
Não vamos parar. O Brasil é o país que vai pra frente.
Quer uma boa notícia? As igrejas e os Shoppings Centers reabrem sem restrições.
Vá às compras. Reze. Pague o dízimo.
Depois, vá a um protesto a favor da democracia. Você é livre para fazer o que quiser, desde que, você sabe, não atrapalhe os negócios.
Desde que não encha o saco do sistema que de ti se alimenta.
Boa semana!
*Marques Casara é jornalista especializado em investigação de cadeias produtivas. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Leia outras colunas.
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Vivian Virissimo