Coluna

O caso Prevent Senior e as câmaras de gás do bolsonarismo

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No comando do Brasil, agiu como terrorista ao atrasar a compra de vacinas e propagandear tratamentos sem eficácia - Adriano Machado
Não é uma coincidência. Não é uma questão ideológica. Não é um engano. É deliberado.

O plano de saúde Prevent Senior usou seres humanos como cobaias. Ao ocultar mortes em estudos de hidroxicloroquina e fraudar resultados, a empresa enviou seres humanos para as câmaras de gás da perversão bolsonarista.

Não é uma coincidência. Não é uma questão ideológica. Não é um engano. É deliberado. É assassinato de pessoas em condição de extrema vulnerabilidade.

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Tudo feito com apoio do governo federal. Sem o consentimento dos doentes. Sem a autorização da família. Sem cumprir nenhuma das regras estabelecidas pelos protocolos de pesquisa científica.

Assim como no caso da Prevent Senior, o que houve em Manaus, com seres humanos sufocados até à morte por falta de oxigênio, foi assassinato. Crimes orquestrados por Eduardo Pazuello, general da ativa, à mando de Bolsonaro, o mau soldado, como classificou Ernesto Geisel.

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Tudo isso enquanto a capitã cloroquina, a médica Mayra Pinheiro, mobilizava recursos para recomendar o uso de remédios ineficazes contra a Covid-19.

“Capitã” que não agia sozinha. Estava a mando de Eduardo Pazuello, general da ativa, que cumpria ordens de Jair Bolsonaro, o mau soldado.

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No Exército, Bolsonaro agiu como terrorista ao planejar atentados para reivindicar aumento de salário. No comando do Brasil, agiu como terrorista ao atrasar a compra de vacinas e propagandear tratamentos sem eficácia.

Ainda assim, até hoje os militares lambem a sola das botas do mau soldado. Não se empolgue. É só uma questão de negócios.

O Procurador Geral da República, Augusto Aras, lambe a sola das botas de Bolsonaro. O deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, lambe a sola das botas de Bolsonaro. Você sabe... não se empolgue.

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Onde vamos parar com tudo isso?

O que houve no Brasil foi assassinato. Desde o início, desde quando um aplicativo do Ministério da Saúde, o TrateCOV, passou a indicar cloroquina até para bebês com diarreia. Se não doloso, certamente culposo. Os tribunais melhor dirão. Espera-se.

Facínoras do Exército e servidores corruptos tentaram se dar bem com a compra de vacinas fajutas, conforme escândalos revelados pela CPI da Covid.

O Brasil está sob um regime de terror. Um governo genocida, paranoico, fascista e corrupto.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, com as entranhas entupidas de dinheiro público, é conivente.

Lira está sentado sobre corpos humanos vitimados pela covid-19.

Lira vai até o fim na recusa de dar andamento ao impeachment do chefe do bando. São apenas negócios.

São 600 mil mortes pela covid-19. E seguimos contando.

Para honrar a necropolítica do comandante em chefe, o anjo da morte em exercício, Marcelo Queiroga, triturou à frio a própria biografia e mandou interromper a vacinação de adolescentes.

Onde vamos parar com tudo isso? Não há limites para a política de morte.

Enquanto isso, Michel Temer, um sujeito que deveria estar na cadeia, é o novo Macunaíma, nosso mais querido herói sem caráter.

Temer promoveu uma pacificação de araque entre Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Depois, foi à casa de Naji Nahas, que dispensa apresentações, gargalhar das próprias peraltices.

É de erubescer o mais tacanho e sanguinário miliciano de Rio das Pedras.

Jair Bolsonaro e seus filhos colocaram o país de joelhos.

Amplos setores do “mercado” financiam o genocida. São eles que mexem as cordinhas que movimentam o terrorista. Nos dias atuais, o “mercado” aparenta um certo arrependimento. Não se iluda. Nada é o que aparenta ser na Faria Lima.

Onde vamos parar com tudo isso?

Não vamos parar. O Brasil é o país que vai pra frente.

Quer uma boa notícia? As igrejas e os Shoppings Centers reabrem sem restrições.

Vá às compras. Reze. Pague o dízimo.

Depois, vá a um protesto a favor da democracia. Você é livre para fazer o que quiser, desde que, você sabe, não atrapalhe os negócios.

Desde que não encha o saco do sistema que de ti se alimenta.

Boa semana!

 

*Marques Casara é jornalista especializado em investigação de cadeias produtivas. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Leia outras colunas.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Vivian Virissimo