A Cooperquivale, cooperativa dos agricultores quilombolas do Vale do Ribeira, existe desde 2012 e tem como principal atividade produzir alimentos vendidos inicialmente para o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Com a pandemia as vendas foram interrompidas, mas a produção não.
O alto índice de desemprego e a maior vulnerabilidade das famílias fez com a cooperativa começasse a doar os alimentos para quem mais precisa. Maurício Biesek, que é engenheiro agrônomo e assessor técnico do Instituto Socioambiental, organização parceira da Cooperquivale, conta que em 2020, as doações eram feitas para famílias do entorno do Vale do Ribeira. Porém, o aumento da insegurança alimentar, fez com que as doações se expandissem também para regiões periféricas da cidade de São Paulo.
As roças da Cooperativa são em sua maioria comandada por mulheres. Valni de França Dias é uma das lavradoras do quilombo São Pedro, responsável pelas produções.
Maurício Biesek, explica que não existe apoio por parte dos governos para a agricultura familiar, e que a gestão de Bolsonaro foi ainda pior para as famílias que ficaram em situação de vulnerabilidade. Esse é um dos motivos para estender o projeto de doações até janeiro de 2022.
Para a quilombola Valni Dias, trabalhar com a produção de alimentos é trabalhar com a vida, e poder ajudar quem precisa é gratificante.
Confira todos os destaques e o jornal completo no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos