Rio de Janeiro

CRIME

Deputados do RJ articulam nova pressão por impeachment de Bolsonaro após atos do feriado

Grupo que reúne pelo menos sete partidos que vão da centro-esquerda à centro-direita também vai se reunir

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Oposição
Deputados articulam acordo com partidos de centro-direita para pressionar por abertura de pedido de impeachment - Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou nesta quarta-feira (8) que a oposição colocará pressão para que o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (Dem), autorize abertura de um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por declarações inconstitucionais no feriado de 7 de Setembro.

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Na última terça-feira (7), Bolsonaro participou de atos golpistas no Distrito Federal e em São Paulo e declarou que não respeitará mais nenhuma determinação vinda do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do ministro Alexandre de Moraes, que nos últimos dias tomou decisões contrárias ao governo federal.

Líder da oposição na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) disse, por meio de nota, que está em diálogo com partidos de diferentes campos políticos para fazer avançar o impeachment. "Os ataques e ameaças de Bolsonaro contra a democracia passaram de todos os limites, e temos o dever de afastá-lo do cargo", afirmou o parlamentar. 

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O grupo Direitos Já, que reúne pelo menos sete partidos que vão da centro-esquerda à centro-direita, também vai se reunir com as lideranças de siglas como o PT e o PSDB para decidir que estratégias serão tomadas para os próximos dias a fim de pressionar as instituições a agirem para conter Bolsonaro. 

Na noite de ontem, logo após as declarações de Bolsonaro, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou reunião extraordinária da Executiva do partido nesta quarta-feira (8) para discutir o impeachment. Os tucanos estiveram a favor do Palácio do Planalto em 84% das votações na Câmara dos Deputados.

Também ontem, horas após os atos, o vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse nas redes sociais que a abertura de um processo de impedimento contra o presidente da República de tornou "inevitável".

“Não tenho dúvidas de que qualquer ato de violência contra o Congresso ou o STF em ato que teve a participação do Presidente da República tornará inevitável a abertura do processo de impeachment”, disse Ramos.

Edição: Eduardo Miranda