O ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) entrou na Justiça para tentar reverter a decisão do Tribunal de Contas do Município (TCM) que rejeitou as contas apresentadas durante a sua gestão, no período de 2019 a 2020.
Na ação, segundo informações do portal G1, a defesa do ex-prefeito argumenta que o Rio viveu a pior recessão econômica da história na época e que a administração fez todo o esforço possível para manter os serviços públicos.
Além disso, os advogados de Crivella apontam que a rejeição de contas contou com o parecer do procurador-chefe do TCM, Carlos Henrique Amorim Costa. O procurador se aposentou do cargo de procurador em 2017 - mesmo assim, continua exercendo o cargo que ocupa desde 1983.
O recurso do ex-prefeito pede também que Carlos Amorim seja afastado imediatamente do cargo e que todas as manifestações dele desde a aposentadoria sejam anuladas.
Em fevereiro deste ano, o Ministério Público (MP) abriu um processo para investigar a situação do TCM e o processo corre em sigilo.
Na abertura das investigações, o TCM negou que houvesse qualquer irregularidade na situação do procurador-chefe, mas ainda não se pronunciou sobre o recurso de Crivella.
Crivella teve as contas na gestão da Prefeitura do Rio de Janeiro reprovadas, em votação do TCM, no último dia 11. A decisão dos conselheiros foi unânime e é referente ao ano de 2020, o último da gestão Crivella. O parecer foi enviado para votação na Câmara dos Vereadores, se aprovado o ex-prefeito do Rio poderá ficar inelegível pelo período de oito anos.
Edição: Mariana Pitasse