A deputada estadual Renata Souza (Psol) vai entrar com uma representação contra o deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PSL) no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por calúnia, ofensa, violência política de gênero e intimidação por parte do parlamentar durante sessão plenária da última terça-feira (24).
Durante sua fala, o deputado do PSL levantou um cartaz com a mensagem "Quem lucrou com a morte de Marielle?" e fez ofensas a Renata, ao Psol e ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB), a quem chamou de "frouxo". Amorim chegou a perguntar se Renata teria recebido "um capilé" (dinheiro) pela suposta venda da história da vereadora Marielle Franco a uma empresa de comunicação.
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Pouco depois, na tribuna, Renata denunciou o silenciamento sofrido como exemplo da violência política a que mulheres negras e da favela são submetidas ao ocupar espaços de poder dominados por homens brancos.
Renata disse que a violência política pode variar desde o silenciamento até o feminicídio, como aconteceu com Marielle, vereadora executada no dia 14 de março de 2018. A parlamentar acusou Amorim de agressões e intimidações cotidianas na Casa Legislativa.
Amorim foi eleito deputado do estado do Rio em 2018. Na época da campanha eleitoral, ele quebrou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco em um ato para eleitores, depois emoldurou e pendurou na parede de seu gabinete o fragmento da placa.
Edição: Eduardo Miranda