Talibã não quer ser um estado pária, quer ser reconhecido internacionalmente.
A chegada do Talibã ao poder no Afeganistão no último dia 15 gerou forte rejeição da população local e uma série de acontecimentos trágicos, que justificam os receios sbre a nova gestão do grupo fundamentalista frente ao país, após 20 anos de sua destituição pelos Estados Unidos.
Manifestantes foram mortos a tiros enquanto protestavam contra a troca de bandeiras (a tradicional do país foi substituída por uma dos Emirados Islâmicos do Afeganistão) no centro da capital Cabul e outros morreram na tentativa de evacuação pelo principal aeroporto afegão, ainda ocupado por milhares de pessoas.
O grupo extremista, que negociava há alguns anos uma volta ao poder no Afeganistão, teve a decisão sacramentada após um acordo de paz assinado durante a gestão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Talibã tomou o país no último mês com estranha rapidez, quando as tropas estadunidenses começaram a deixar a ocupação do território afegão.
Apesar de conhecido por uma série de violações dos direitos humanos durante seu governo, entre os anos de 1996 e 2001, especialmente contra as mulheres, o grupo concedeu uma coletiva de imprensa a veículos internacionais de mídia após a tomada de Cabul, tentando transmitir uma versão mais branda e conciliadora dessa nova gestão.
Para Arlene Clemesha, professora de História Árabe da Universidade de São Paulo, no entanto, “eles atuam dessa forma tentando acalmar os ânimos e dar garantias verbais, porque primeiro precisam tentar eliminar focos de resistência interna”.
Clemesha, que é a convidada desta semana do programa BDF Entrevista, acredita que o Talibã não quer ser marcado por uma pecha de “estado pária”. “Ele quer poder ser aceito, reconhecido. Ele não quer ter seus recursos congelados nos Estados Unidos, ele não quer sofrer sanções, ele quer poder dialogar, poder fazer parte do poder mundial”.
Na entrevista, a professora também fala sobre o nascimento do Talibã, a ascensão de grupos fundamentalistas no Oriente Médio e os interesses geopolíticos no Afeganistão. “Com a retirada dos Estados Unidos, as potências regionais entram em cena. Elas se colocam porque esse vácuo não vai ser ocupado só pelo Talibã, as potências que fazem fronteira, que mais influenciam regionalmente, vão ter que agora se colocar. A gente tá falando do Irã, da Arábia Saudita, da Turquia, do Paquistão e da China”, diz.
Confira a entrevista:
Brasil de Fato: O Talibã nasce em um momento em que os Estados Unidos apostavam no fim da ocupação soviética no Afeganistão, no final dos anos 1980. São destituídos do poder pelos Estados Unidos em uma busca por vingança pelo 11 de Setembro de 2001. Agora, eles retornam no vácuo estadunidense, que deixa o país após 20 anos de ocupação. Qual é o tamanho da culpa que os EUA carregam pela volta do Talibã ao poder no Afeganistão?
Arlene Clemesha: De fato, o Talibã surgiu a partir da fusão de combatentes mujahedin que estiveram toda a década de 1980 lutando contra a ocupação soviética do Afeganistão. Lembrando que a União Soviética entrou para apoiar o golpe realizado pelo Partido Popular Democrático do Afeganistão, que era um partido pró-soviético. Ele realizou esse golpe em 1978 e a ocupação soviética durou até 1989, quando foram finalmente expulsos.
Foi realmente um período de muitos combates, muita guerrilha para expulsar a ocupação soviética do Afeganistão e esse grupo se junta a um setor da juventude formada em escolas madrastas deobandi, que é uma vertente muito fundamentalista, restritiva, particular dessa região.
Esses estudantes então formam junto com esses mujahedin, o talibã, oficialmente em 1994, ou seja, a União Soviética já tinha saído. Mas de fato, são combatentes que vêm desse contexto, apoiados pela CIA, justamente porque a gente estava no período da Guerra Fria e o interesse americano era expulsar a União Soviética, sem calcular qualquer outro tipo de consequência.
Ele [Estados Unidos] então empoderou, armou, deu treinamento e financiou combatentes que acabaram se tornando um grupo extremamente radical, professando e aplicando nas regiões sob seu domínio essa forma fundamentalista de enxergar o islã, o que não é a forma majoritária das escolas legais, majoritárias. É um fundamentalismo, uma vertente radical.
Quando a União Soviética saiu finalmente do Afeganistão, o que aconteceu na sequência foi uma guerra civil com um nível de conflitividade alto, porque os grupos que estavam combatendo para expulsar a União Soviética, não conseguiram entrar em um acordo nessa nova configuração e continuaram lutando entre eles.
Dentro desse contexto de guerra civil é que o Talibã chegou ao poder, em 1996, e ele chega ao poder dizendo que irá desarmar a população, incluir os anciões, os líderes tribais, rurais, dentro de um novo governo, e que esse governo vai responder às diretrizes dos anciões, dessa sociedade tradicional, tribal.
O que acontece, no entanto, não é isso. O Talibã no poder acaba impondo a sua vertente islâmica radical, que não é aceita, bem vista. Na verdade, ela só é aceita porque não tem outra saída, eles têm o poder e a força de aplicá-la.
A população não vê com bons olhos a proclamação do Emirado do Talibã naquela época, em 1996, e internacionalmente falando, três governos emitiram um reconhecimento formal do governo do Talibã no Afeganistão.
A Arábia Saudita que, aliás, a sua interpretação do islã é muito semelhante à interpretação do Talibã, são simplesmente braços diferentes formados em regiões diferentes mas são duas vertentes extremamente radicais que extrapolam o que é o tradicional, segundo suas quatro escolas legais, sunitas ou sua escola legal que a Jafari. Os Emirados Árabes Unidos, que segue Arábia Saudita em todos esses aspectos que eu mencionei, e o Paquistão, vizinho do Afeganistão.
Os Estados Unidos, então, o papel deles até esse momento é muito grande, porque eles tinham apoiado esse grupo, foram eles que deram as condições para esse grupo se formar, dentro de um contexto de Guerra Fria.
Quando acontece o ataque às torres gêmeas, em 2001, e se chega a conclusão dentro dos Estados Unidos que grande parte dos terroristas do 11/9 respondiam ao comando da Al-Qaeda de Osama Bin Laden, então ali George Bush lança sua guerra ao terror e invade o Afeganistão para derrubar o governo que dava amparo e abrigo à Al-Qaeda.
Agora, a presença dos Estados Unidos nesses vinte anos é altamente contraditória e tem muitos aspectos dessa presença. A primeira coisa a se entender numa ocupação externa de um país do Oriente Médio é o grau de violência que essa ocupação externa necessariamente cria.
Os ataques às células de resistência não conseguem seguir as leis internacionais e a proteção da população civil. De forma alguma. Então, o grau de violência, de mortes, de crimes de guerra criados pelos Estados Unidos é muito grande. E se já existe no Oriente Médio ressentimento contra o colonialismo, e o Afeganistão não vai ser exceção porque a própria formação nacional do país tem muito a ver com o colonialismo, o ressentimento não para de crescer porque morre muita gente, cerca de 50 mil civis nesses vinte anos.
Os Estados Unidos investiram carca de um trilhão de dólares no Afeganistão nestes vinte anos de ocupação. Mas que agora se revelam como investimentos muito relativos, direcionados principalmente à ocupação militar e gastos com assistência, mas nada estrutural. Os Estados Unidos deixam o Afeganistão praticamente no mesmo patamar, economicamente falando?
A questão do financiamento é chave nesse contexto. Quando os Estados Unidos invadiram o Afeganistão em 2001, o argumento era encontrar o Osama Bin Laden e destruir a Al-Qaeda. Eles demoraram dez anos e foram encontrá-lo no vizinho Paquistão. Mas rapidamente, depois daquele primeiro momento de derrubada do governo Talibã, a agenda mudou.
Não é só derrubar o Talibã, mas construir um governo que se sustente enquanto um governo aliado, então, inevitavelmente ia ter que ter dinheiro para infraestrutura e a gente não pode colocar toda a culpa de um lado só, também houve muita corrupção por parte de autoridades afegãs, né? Muito dinheiro que não chegou como deveria até o seu destino alegado e final.
Mas mais importante do que isso é o fato de que a máquina militar é uma engrenagem só. O dinheiro que vai para o Afeganistão pra criar um exército nacional, é o mesmo que compra armas dos Estados Unidos e que faz os contratos das empresas privadas de segurança, que cria a aviação, os jatos. As armas vem de onde? A munição vem de onde? Então é uma roda só, não é um investimento, é um alto financiamento de uma máquina militar, de uma indústria militar norte-americana, isso foi muito visível no Iraque e, aliás, o governo [George] Bush foi muito marcado por esse favorecimento das indústrias bélicas norte-americanas.
Um círculo vicioso que vem desde a Segunda Guerra Mundial, né?
É um ciclo, exatamente. Então, de certa forma, estavam ocupando um país, com a ideia de transferir a democracia, criar um país, um governo amigo, mas ao mesmo tempo estavam alimentando uma indústria que também está colocando dinheiro em campanha e que tá girando uma roda frenética de guerra.
Então é claro que isso é determinante quando você vai olhar pra esse trilhão de dólares investidos, que boa parte disso voltou. Uma parte, como eu tava dizendo, a gente não pode eximir os afegãos também de culpa na sua inépcia e corrupção.
E alguma parte chegou também pra criar ONGs, que tem um trabalho, tem instituições, tem o próprio governo vai ser estruturado minimamente, as escolas, universidades também. Tem alguma coisa sendo construída, a gente não pode também falar em tábula rasa. Mas existe claro como motivador pra essa política externa de guerra ao terror e a indústria de guerra por trás disso, com certeza.
O Talibã viveu na clandestinidade durante esse período e nunca deixou de existir ou deixou de ocupar outros locais. Como o grupo se financiou nesse período?
O Talibã traz outra enorme contradição. Quando a gente vê que é um grupo que professa uma visão radical do islã, supostamente condena o tráfico em geral - o tráfico de drogas especificamente, o uso de drogas mais ainda - o tráfico pode ser punido com a morte. E no entanto, ele vive, ele se sustenta tendo como principal fonte de financiamento durante toda a sua existência, o tráfico do ópio. É uma contradição ambulante se a gente quiser pensar por esse ângulo.
Além disso, onde o talibã pode exercer um governo e um controle, ele também teve outras fontes de financiamento, desde impostos até mineração. Então, tem uma diversificação também, mas sem dúvida o tráfico de ópio foi a principal fonte de arrecadação de recursos desde a sua origem.
Você comentou sobre a influência de outros países da região num islamismo mais radical: Arábia Saudita, Emirados Árabes e o próprio Paquistão. E recente vimos, além do Talibã no Afeganistão, o Estado Islâmico ocupando várias regiões do Oriente Médio, a Síria, o Iraque. De onde surgem essas vertentes mais radicais do islã, que aplicam politicamente a Sharia?
O fundamentalismo islâmico é o fenômeno moderno, o que não significa que ele não busque raízes lá atrás na história, no passado islâmico. A sharia, só pra pontuar a palavra, a tradução exatamente seria algo como a maneira islâmica de conduzir as coisas, de fazer as coisas, é traduzido como a lei islâmica.
Bom, a lei dentro do islã responde a um processo de jurisprudência, formação de escolas legais, sunitas e xiitas, que acontece principalmente entre os anos 750 e 850. Ou seja, ou se você quiser extrapolar um pouco, cerca de duzentos anos dentro desse período do que seria o islã clássico ou usando uma terminologia da história europeia, mas que se aplica erroneamente, o período medieval.
As correntes fundamentalistas se formam no século XVIII para o XIX. O wahabismo na Arábia Saudita foi um movimento político de rebelião e de interpretação, que não aceitou a visão das escolas legais e que cria então um movimento muito violento e com características de uma interpretação muito particular do que deveria ser a sharia, do que deveria ser o islã.
Eles vão se juntar a uma tribo dentro da região, em determinado momento, que é a tribo dos saudi. A Arábia Saudita vai ser formada dessa forma, pela aliança entre o wahabismo, enquanto movimento político, sectário, e uma tribo que está, por acaso, sentada sobre as regiões petrolíferas, no leste da península e, aliás, ainda com o apoio britânico externo. É essa ideologia wahabita, que é uma ideologia fundamentalista, é tão opressiva contra as mulheres quanto o Talibã.
O processo de formação deobandi é muito semelhante, e responde à mesma época, só que em diferentes lugares, ele é característico da região da Índia, Paquistão, dessa região, mas é muito semelhante, não só no seu período histórico, processo de formação e tudo mais.
O wahabismo, e na verdade, a maioria dos fundamentalismos, eles vão reivindicar um teólogo do século XIV, chamado Ibne Taymiyya. Ele não criou nenhum movimento fundamentalista naquela época. Ele foi um teólogo, mas o que ele deixou escrito vai ser reivindicado numa época moderna por esses grupos.
Os porta-vozes do Talibã vieram a público, na última semana, logo após a ocupação, usando um tom moderado. Mas, nos últimos dias, alguns manifestantes contrários à ocupação e ao apagamento da bandeira do Afeganistão, que em alguns locais já foi trocada pela bandeira dos Emirados, foram mortos, alguns perseguidos. Você acha que essa conversa dos porta-vozes com a imprensa internacional é apenas uma fachada de moderação e na verdade o Talibã vai se manter com pulso firme às leis islâmicas?
É difícil responder nesse momento. Vai depender da correlação de forças, das tensões internas e internacionais, do que vai ser mais conveniente para eles. Acho que a gente não tem que ter dúvida que a vontade do Talibã é governar segundo a sua visão, governar sozinho, afinal eles são os grandes vencedores desse processo.
Agora, nesse momento, eles atuam dessa forma tentando acalmar os ânimos e dar garantias verbais, porque primeiro eles precisam tentar eliminar focos de resistência interna. Isso eles já vêm fazendo desde antes de tomar Cabul. Aliás, isso responde inclusive a como eles conseguiram tomar tão rapidamente o Afeganistão, que é porque eles já vêm conversando, dando garantias de que irão governar no interesse de todos há muito tempo, pelo menos desde o último ano, nas conversas com o [Donald] Trump.
E da perspectiva de saída dos Estados Unidos, aliás, um grupo como esse sabe que o que eles precisam é perdurar enquanto a ocupação durar, que vai chegar o dia. Mas a sociedade afegã é multifacetada, o país é extremamente fragmentado e o Talibã viveu a guerra civil da década de 1990, então ele está procurando dar garantias, apaziguar e eliminar focos de resistência reais, possíveis e latentes dentro do Afeganistão.
O Talibã não quer ser um estado pária internacionalmente, como foi no primeiro momento. Ele quer poder ser aceito, reconhecido. Ele não quer ter seus recursos congelados nos Estados Unidos, ele não quer sofrer sanções, ele quer poder dialogar, poder fazer parte do poder mundial.
Então, ele procura dar essas garantias, acalmar, apaziguar, mas usa essa frase muito vaga: “Iremos garantir os direitos das mulheres dentro da lei islâmica”. Agora, me encontre alguém que possa garantir o que que vai ser a sua interpretação da lei Islâmica no determinado momento.
O Afeganistão está em uma posição geopolítica privilegiada. Tem proximidade de fronteira com a China, tem adversários e parceiros dos Estados Unidos ao redor. Quais são os principais interessados nessa região e como o Talibã pode se beneficiar disso?
O que a gente pode falar neste momento são algumas coisas básicas. Primeiro, com a retirada dos Estados Unidos, as potências regionais entram em cena. Elas se colocam porque esse vácuo não vai ser ocupado só pelo Talibã, as potências que fazem fronteira, que mais influenciam regionalmente, vão ter que agora se colocar. Esse novo governo cria incertezas e eles vão ter que resguardar seus interesses.
Regionalmente, a gente tá falando do Irã, da Arábia Saudita, que não tem fronteira com o Afeganistão, mas já teve no passado uma uma posição de aliada. A Turquia que tem dado garantias e se colocado numa posição de “não vamos ficar na ofensiva”. O [Recep Tayyip] Erdoğan tem uma pauta islamizante muito forte, não é a mesma vertente, mas tem aí afinidades grandes em termos de interesses estratégicos de mais longo prazo.
O Irã especificamente tem um fatorzinho interno no Afeganistão muito importante, que é a relação com a população xiita de dentro do Afeganistão. Essa população xiita talvez chegue a quase 30% do Afeganistão e ninguém sabe ao certo se o Talibã vai permitir a proliferação de grupos salafistas, que venham a atacar de alguma forma, criar, insegurança para essa população xiita.
O Irã vai intervir? De alguma forma. Vai ocupar o Afeganistão? Não, nenhuma potência regional quer o lugar que os Estados Unidos deixaram em aberto.
É um lugar muito oneroso. Mas a gente sabe que o Irã está envolvido em várias guerras, seja por procuração, ou por intervenções através de milícias, treinados e armados, mas sem choque frontal.
Então, é possível que o Irã primeiro se engaje em um nível diplomático, que já vem apontando para pedir garantias do governo afegão em relação à minoria xiita.
Porque, veja, o Talibã, por um lado, ele não controla todos os grupos radicais salafítas dentro do do seu território. Então quando ele diz que nós não vamos permitir o retorno da Al-Qaeda, ou a organização de grupos que possam realizar atentados internacionais ou regionais, ele não tem exatamente todo esse controle.
Existe também um interesse estratégico entre esses grupos, que é mais uma vez a agenda política ideológica, que eles têm em comum: a islamização da sociedade, o exercício do poder dessa forma.
É favorável ao Talibã, inclusive em muitos aspectos, permitir a organização desses grupos. É favorável à sua agenda, à sua visão de controle. O Irã está olhando com muito cuidado essas garantias, assim todos os países estão.
O Paquistão também. É um país nuclear, é um país que de todos foi o que mais deu apoio ao Talibã até hoje. Nas últimas décadas foi o grande apoiador, deu amparo e pode sofrer uma consequência talvez inesperada, que é uma expansão da influência do Talibã para o território paquistanês. É a região para onde o talibã poderia exportar o seu governo.
Nas outras fronteiras, essa exportação não parece estar de forma alguma no horizonte. Na fronteira pequenininha com a China, também remete a uma questão interna na relação China-Afeganistão. A gente não está falando de países que vão invadir um ao outro, não se trata disso, mas como que os seus governos internos vão agir em relação a questões que são caras aos dois.
Mas até o momento estão todos os países procurando uma estabilidade, que não chegue a um cenário desses. O ministro de Relações Exteriores da China já conversou com o Talibã, do Irã também, a Rússia idem. São países que hoje querem ver um Afeganistão estável
E se o Talibã pacificar essa região como um todo, essa porção do Oriente Médio mais asiático, vai atender as principais preocupações que o governo americano tinha quando começaram as tentativas de acordo com o Talibã. A principal garantia que os Estados Unidos queriam, sempre quiseram, é que o Talibã não permitiria o ressurgimento da Al-Qaeda enquanto ameaça internacional.
Edição: Vinícius Segalla