Covid-19

O que sabemos sobre a necessidade da terceira dose da vacina? O Programa Bem Viver responde

Na última semana, Ministério da Saúde avaliou que reforço na vacina deve começar por idosos e profissionais da saúde

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Pesquisa em hospitais de São Paulo mostra que maioria das pessoas internadas em leitos de UTI para Covid-19 tem 70 anos ou mais - Foto: Andre Borges/Agência Brasília.
O que traz mais benefício: começar antes a terceira dose ou terminar de vacinar a população?

O debate sobre a necessidade de aplicar uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 ganhou espaço no Brasil na última semana e já é quase consenso entre especialistas, em especial com o avanço da variante Delta em alguns municípios do país, que é comprovadamente mais transmissível. Um dos principais pontos de discussão agora é como isso ocorria, assunto discutido no podcast Covid-19 na Semana, repercutido na edição de hoje (23) do Programa Bem Viver.

“Pesquisas ao redor do mundo têm analisado o comportamento das vacinas e apontado a tendência da necessidade de uma terceira dose. A medida que o tempo passa a imunidade está caindo, o que não deve nos levar ao desespero nem a sensação de que o esforço jogado fora”, disse o médico de família e comunidade Aristóteles Cardona em entrevista. “É necessário pesar vários elementos, vendo o que traz mais benefício: começar antes a terceira dose ou terminar de vacinar a população?”

Na última quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que se o reforço na imunização for estabelecido no país, a campanha vai começar pelos idosos e profissionais da saúde, os primeiros a serem vacinados com primeira e segunda dose.

Uma pesquisa realizada em hospitais privados do estado de São Paulo entre 12 e 17 de agosto mostra que a maioria das pessoas internadas em leitos de UTI para Covid-19 tem 70 anos ou mais, representando seis em cada dez pacientes. Esse cenário havia sido revertido desde o avanço da vacinação nesta faixa etária.

“Quando se pensa no avanço da variante Delta temos um risco muito grande: em países que vacinaram muito o número de mortes e hospitalizações não aumentou, mas o número de pessoas doentes sim. Se você associa esse cenário com uma queda na eficácia da vacina, tem um quadro de grande risco”, pontua Aristóteles.

Cortes no ensino superior

Desde que iniciou seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou apenas uma universidade pública no país: a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). Apesar da inauguração, a instituição nunca teve um edital para contratação de professores e sofre com sucessivos cortes de gastos, que ameaçam a formação dos alunos.

Quando a universidade foi criada, estava prevista a contratação de ao menos 400 profissionais para atuar na instituição. Até agora, nenhum cargo foi ocupado. Os cortes no orçamento das universidades federais promovido pelo governo têm obrigado o reitor da UFNT, Ailton Sieben, a renegociar recursos para que os alunos possam completar o semestre letivo.

A universidade é um legado do governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), que desenvolveu o projeto da universidade federal. A princípio, seriam três campi, mas dois nunca saíram do papel.

Construção

O Programa Bem Viver presta uma homenagem a uma das maiores pérolas da música brasileira: o álbum construção, de Chico Buarque, que completa 50 anos em 2021. O trabalho é amplamente reconhecido pela qualidade técnica envolvida, com arranjos nunca antes experimentados na música brasileira.

O álbum traz também grande peso político, em canções como “Deus lhe Pague” e “Samba de Orly”, que são denúncias à ditadura militar, regime político em vigor no momento que o álbum foi lançado.

Músicas como “Cotidiano” e “Construção”, que dá nome ao álbum, falam do momento que o país vivia, mas também refletem sobre um contexto que não cabe apenas à ditadura militar e que pode ser reconhecido ainda hoje, segundo especialistas.


Confira os horários de transmissão do programa Bem Viver / Brasil de Fato

Sintonize

O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Edição: Sarah Fernandes