cultura

Programa Bem Viver destaca papel das mulheres na literatura

Criadora do clube de leitura 'Leia Mulheres' dá dicas de livros imperdíveis de autoria de escritoras

Ouça o áudio:

Incluir mais mulheres entre os autores da sua estante de livros é um bom exercício de combate ao machismo - Banco de Imagens
As mulheres aprenderam que não precisam do ok de uma editora para publicar seus trabalhos

Incluir mais mulheres entre os autores de livros da sua estante é um bom exercício não apenas de valorização das escritoras e de combate ao machismo, mas também uma forma de ter outros pontos de vista e outras reflexões sobre questões importantes no mundo contemporâneo. Essa é a dica da pesquisadora Michele Henriques, uma das criadoras do clube de leitura Leia Mulheres, que falou hoje (19) ao Programa Bem Viver.

“Ler mulheres abriu meus olhos para outras realidades, longe a minha, em especial as escritoras africanas, asiáticas e latino-americanas”, disse. “Depois que começamos o Clube de Leitura vimos mais editoras publicando mulheres e livrarias divulgando mais os livros de mulheres. Há mais espaço e as mulheres aprenderam que não precisam do ok de uma editora para publicar seus trabalhos. Elas, cada vez mais, tem feito isso em iniciativas independentes e em blogs.”

O Leia Mulheres foi fundado em 2014 por três amigas amantes de livros e de literatura, que sentiam falta de um espaço para discutir sobre o que liam. Elas foram inspiradas em um movimento europeu que visava incentivar a população a ler escritoras mulheres, o #ReadWomen, em tradução literal “#LeiaMulheres”.

Em 2021, a iniciativa completou seis anos e se consolidou como uma rede potente composta por 300 mediadoras de leitura distribuídas em pelo menos 160 municípios em diferentes estados do Brasil e também no exterior, em Portugal, Suíça e Alemanha. Diversas atividades ocorrem dentro do projeto. A principal é um clube de leitura que se reúne mensalmente para debater um livro específico.

Colapso climático

Ambientalistas de diferentes países da América Latina defendem que é urgente que os países mais ricos, e principais poluidores, reduzam de fato a emissão de dióxido de carbono, e não apenas maquiem os prejuízos. A virada de chave é decisiva para conter os efeitos das mudanças climáticas, já chamadas pelos especialistas de “colapso climático”.

Os efeitos do aumento da temperatura global são cada vez mais perceptíveis em diferentes lugares do mundo, com a ocorrência cada vez maior de eventos extremos, como picos de calor, ondas de frio, alastramento fogo e enchentes.

O Brasil tem grande responsabilidade nesse debate, em especial com a urgência e a importância de frear o desmatamento de florestas nativas, uma forma eficiente de conter o aquecimento global.

Em novembro deste ano ocorre acontece mais uma edição da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP, na sigla em inglês), para debater a crise climática. Essa será a 26a edição do evento e há grande expectativa que países mais poluentes adotem posturas mais firmes.

Bora comer cactos?

Se alguém te convidar para almoçar e servir cacto, qual será sua reação? Quem estiver dispostos a romper estereótipos pode se surpreender: esses vegetais são muito nutritivos, saborosos e versáteis e podem ser usados na preparação de bolos, pães, sorvetes, refogados, recheios e o que mais a imaginação do cozinheiro permitir.

O xique-xique e o mandacaru são exemplo de cactos que reúnem vitaminas e minerais e que tem sido cada vez mais usados tanto pelas famílias do Nordeste quando por chefes de cozinha da região, que preparam verdadeiras iguarias a base desses vegetais, valorizando a cultura e a culinária tradicionais.

Protestos à Reforma Administrativa

A última quarta-feira (18) foi marcada por manifestações em 19 estados e no Distrito Federal contra a proposta de Reforma Administrativa do governo federal, que avança no Congresso. Especialistas apontam que a proposta ataca direitos dos servidores públicos, põe empregos em risco e não é efetiva resolver problemas financeiros do país.

A proposta tramita atualmente na Câmara dos Deputados como Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 e pode ser votada até o final deste mês na Comissão Especial que discute o tema.

A reforma é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, responsabilizam servidores federais por um rombo nas contas públicas. Guedes já chegou a classificar os servidores como “parasitas”, em fevereiro do ano passado, em uma palestra em que defendia a reforma administrativa.


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Edição: Sarah Fernandes