A defesa de Wilson Witzel (PSC), ex-governador do Rio de Janeiro, pediu a anulação do seu impeachment ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RJ). Na justificativa, os advogados afirmam que houve "extrapolação do prazo de 120 dias para o processo de impeachment e julgamento" e argumentam “ilegalidades durante o rito". As informações são do jornal Extra.
Leia mais: Wilson Witzel: relembre polêmicas do primeiro governador do RJ a sofrer impeachment
A ação pede que os membros do Tribunal Especial Misto (TEM) que julgou o ex-governador prestem esclarecimentos nos próximos 10 dias. Com o pedido de anulação do impeachment, Witzel também espera reverter a inabilitação dos seus direitos políticos por cinco anos, decidida pelo Tribunal na mesma sessão que o cassou.
Essa é a segunda vez que Witzel questiona o processo de impeachment após a decisão ser concluída pelo TEM. O ex-governador entrou com pedido também no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de reverter sua condenação.
A ação foi avaliada pelo ministro Alexandre de Moraes, no fim de julho, mantendo a condenação e julgando improcedente a reclamação ajuizada pelo ex-chefe do Executivo fluminense.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal vai analisar o recurso à decisão nas próximas semanas, entre os dias 20 a 27.
Nova carreira
Depois de ser destituído do cargo de governador do Rio de Janeiro com um processo de impeachment, Wilson Witzel (PSC) não desistiu da política, conforme noticiado pelo Brasil de Fato. Sem exercer um cargo público, o ex-governador e ex-juiz federal agora atua nos bastidores. Uma das atividades assumidas na nova posição é ministrar cursos para formar lideranças políticas para as eleições de 2022.
Leia também: Após impeachment, Witzel ministra curso para formar candidatos para as eleições de 2022
Um delesaconteceu no final do último mês, divulgado com o nome “Seja um candidato vitorioso”. O curso faz parte do “Programa de formação política”, organizado pelo próprio Witzel como uma das ações do movimento MUDABR, também estruturado por ele para se tornar uma ONG.
Apesar de ser voltado a pessoas interessadas em ingressar no processo eleitoral, na divulgação do evento, na parte dedicada à descrição das atribuições de Witzel, não figura a posição de ex-governador do Rio, mas de ex-juiz federal, ex-defensor público, ex-oficial da Marinha e “aprovado em vários outros concursos públicos”.
Edição: Mariana Pitasse