O Dia Nacional do Estudante não passou despercebido no país. No Rio de Janeiro, o movimento estudantil, a partir da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) e Grêmios dos Institutos Federais, ocupou as ruas do centro da capital fluminense com centenas de estudantes em defesa da educação pública e da qualidade do ensino.
De acordo com Marcos Teixeira, militante do Levante Popular da Juventude e coordenador do DCE da Universidade Federal Fluminense (UFF), um dos objetivos do ato foi cobrar investimentos em políticas públicas e educação para a juventude, que está sem perspectiva de futuro no Brasil.
“O ato tem como pauta colocar na agenda pública o rumo que os estudantes querem para a educação brasileira, com qualidade, investimento, direitos e autonomia. A educação pública tem sido alvo constante do governo federal. Esse ano, o 11 de agosto ganha um significado muito importante em vista do número de queda de participação no ENEM [Exame Nacional do Ensino Médio], Reforma do Ensino Médio e a falta de perspectiva para a juventude”, afirmou.
Durante a caminhada do Largo da Carioca até a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), os jovens carregaram cartazes e bandeiras com os seguintes dizeres: "Por melhores estruturas nas escolas públicas", "Vida, Pão, Vacina e Educação!" e "Fora Bolsonaro, Contra Cortes".
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Além da capital, as manifestações também ocorreram no norte e sul fluminense. Na cidade do Rio, os estudantes reivindicaram melhores condições e gratuidade dos transportes públicos.
“O Bilhete Único é uma das bandeiras reivindicadas, a região metropolitana tem altos custos em transporte coletivo e os jovens estudantes são os mais afetados. Precisamos garantir a execução do programa e incluir os estudantes no Passe Livre”, comentou Teixeira.
Além das entidades estudantis, movimentos populares e partidos progressistas como o PT, PCdoB, Psol e PDT também participaram do ato.
Edição: Eduardo Miranda