Rio de Janeiro

IMUNIZAÇÃO

No Rio, 95% dos internados com covid-19 não tomaram nenhuma dose da vacina

Casos na capital fluminense aumentaram nas últimas quatro semanas com a circulação da variante delta

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Vacinação Rio
Capital fluminense já aplicou quase 6 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus desde o início da campanha - Divulgação/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (6) um boletim epidemiológico mostrando a eficácia da vacina contra o novo coronavírus e a amenização dos sintomas da covid-19 entre pessoas que foram imunizadas. Segundo o documento, 95% das pessoas que são internadas com covid não tomaram nenhuma dose da vacina.

O boletim mostra também que os casos da doença têm aumentado no Rio nas últimas quatro semanas, o que pode ser atribuído à circulação da variante Delta na cidade, que, como estudos apontam, tem maior transmissibilidade. Das amostras analisadas, 45% são da delta.

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estima que este seja o percentual de casos de covid-19 desta variante na cidade, se tornando a cepa que demanda maior nível de atenção no momento.

Se por um lado os casos confirmados de covid-19 apresentam tendência de aumento, por outro, os índices de hospitalizações e óbitos pela doença mantêm queda sustentada, o que pode ser relacionado como reflexo da imunização, que tem como principal objetivo prevenir casos graves e mortes, afirma a SMS.

Mapa de risco

Na última semana, 151 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 111 moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 1.133, sendo 930 residentes. São 850 casos da Gamma (P.1), 67 da Delta (B.1 617.2) e 13 da Alfa (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 52 faleceram, 16 permanecem internados e 862 já são considerados curados.

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Por causa da disseminação da Delta e o aumento do número de casos notificados, o boletim aponta ainda o mapa de risco da cidade para covid-19 retornando ao estágio de atenção. Todas as 33 regiões administrativas do município estão classificadas como risco alto (laranja) para transmissão do coronavírus, após cinco semanas com algumas regiões despontando como risco moderado (classificação amarela).

Desde março de 2020, a capital soma 405.971 casos de covid-19, com 30.630 óbitos. Em 2021 são 191.791 casos e 11.593 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 174 a cada 100 mil habitantes, contra 285,8/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 2.879,2/100 mil, quando em 2020 era de 3.215,3/100 mil.

Edição: Eduardo Miranda