A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apresentou na última terça-feira (3) um estudo, ainda em fase de conclusão, que alerta para o aumento do número de hospitalizações de idosos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG por Covid-19) no estado do Rio de Janeiro.
A elevação do número de casos ocorre após cerca de quatro meses mostrando queda de internações. Ainda assim, a análise indica que as faixas de 60 a 69 anos e de 70 a 79 anos continuam em uma situação bem melhor do que a apresentada em picos anteriores. A preocupação maior é com a população de 80 anos ou mais.
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O estudo ressalta que a população de crianças de zero a nove anos encontra-se no pior momento da pandemia. Já a faixa de 30 a 39 anos, apesar de ter registrado uma melhora, está em uma situação mais grave do que no pico do final do ano passado.
A investigação é do grupo de pesquisa para a Vigilância Epidemiológica da Fiocruz (Mave/Fiocruz) e do Observatório Covid-19. As projeções são realizadas com base no Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica da Fiocruz (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, os dados sinalizam que o cenário ainda segue muito grave. A tensão encontra-se agora também na população com boa cobertura vacinal, mas cuja efetividade é menor, que é a de idosos com 80 anos ou mais.
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Nessa faixa etária a partir dos 80 anos, somam-se alguns fatores agravantes. Entre eles, estão a transmissão comunitária ainda elevada, menor efetividade, maior tempo desde a segunda dose e possível efeito de perda de imunidade (imunossenescência) por conta da idade.
Edição: Eduardo Miranda