Um conjunto de quadros produzidos pelo sambista Nelson Sargento está exposto na mostra "Arte agoniza, mas não morre: Nelson Sargento, 9.7", em cartaz no Instituto Nise da Silveira, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Entre as 15 obras reunidas no local, seis delas são inéditas.
Sargento morreu em maio deste ano, vítima de covid-19, aos 97 anos. Ele pintou até o fim da vida. Conhecido como compositor de sucesso, com mais de 400 músicas em seu repertório, ele também exercitava o talento para a pintura. Além das canções famosas e das pinturas, Sargento deixou um acervo com 80 sambas inéditos, poesias, contos, desenhos, pinturas e textos eróticos.
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Os quadros expostos na mostra tem inspiração nas experiências cotidianas de Sargento. As pinturas, que transitam entre a arte abstrata e autodidata, retratam cenas coloridas das favelas cariocas e do samba. O sambista começou a pintar quadros quando era pintor de paredes, antes de estourar sucessos do samba.
A mostra ocupa dois andares do Instituto Nise da Silveira, onde antigos quartos foram transformados em galerias de arte. Outros 20 artistas também contam com obras expostas. Por causa da pandemia da covid-19, as visitas são gratuitas, mas devem ser agendadas.
O local da mostra é o Espaço Travessia, que conta com dois andares de enfermarias desativadas do antigo Hospital Psiquiátrico Pedro II. O objetivo do espaço é promover a saúde mental por meio de atividades artísticas.
Serviço:
Horário de visita: de 10 a 17h, de segunda a sexta-feira, até 26 de setembro.
Local: Espaço Travessia - Instituto Municipal Nise da Silveira, na rua Ramiro Magalhães, 521, no Engenho de Dentro.
Em função da pandemia, as visitas deverão ser agendadas pelo email: [email protected], ou pelo celular: (21) 98909-1123. A entrada é gratuita.
Edição: Mariana Pitasse