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Programa Bem Viver debate riscos de afrouxar medidas de proteção contra covid-19

Brasil encerrou julho com mais mortes pela doença que meses mais críticos do ano passado

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Falta de uma coordenação nacional na campanha de vacinação contra covid-19 atrasa a imunização no país
Falta de uma coordenação nacional na campanha de vacinação contra covid-19 atrasa a imunização no país - Ted Aljibe / AFP
A pandemia não acabou. Temos a nova variante Delta sobre a qual sabemos pouco

Embora o Brasil venha registrando queda nos óbitos por Covid-19 nos últimos dois meses, especialistas reforçam que ainda não é hora de relaxar as medidas de proteção contra a doença, em especial o uso de máscaras e o distanciamento social. O afrouxamento vem sendo propagado nas últimas semanas por autoridades políticas, mesmo o país tendo encerrado julho com mais mortes pela doença do que o observado nos meses mais críticos do ano passado.

“São medidas muito precoces. Temos menos 20% da população completamente imunizada e grande parte das pessoas que voltam a circular não estão com a vacinação completa”, disse a médica emergencista Tainá Vaz, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, ao podcast A Covid-19 na Semana, repercutido na edição de hoje (2) do Programa Bem Viver. “A pandemia não acabou. Pelo contrário, temos a nova variante Delta, muito perigosa, sobre a qual sabemos pouco.”

Na última semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou que a partir de 17 de agosto todas as medidas de restrição às atividades econômicas serão suspensas. Pouco depois, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que vai derrubar a obrigação do uso de máscara a partir de novembro. Em setembro já estarão liberados estádios, casas de shows e boates às pessoas vacinadas.

Ao mesmo tempo, diversos países reforçam alertas sobre uma nova onda de crescimento de casos, impulsionada pelo abrandamento da quarentena e pela variante Delta, comprovadamente mais infecciosa.

Para Tainá o fundamental nesse momento seria acelerar a vacinação e não afrouxar as medidas de contenção da doença. “Ainda não temos todas as informações sobre a variante Delta, sobre sua mortalidade, letalidade e transmissão. Deveríamos restringir a circulação de pessoas, aumentar o distanciamento social, incentivar o uso de máscaras e acelerar estudos sobre as variantes.”

Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos de Tóquio já são considerados os com mais equidade no número de homens e mulheres participantes. Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), a expectativa é que na próxima edição os jogos o percentual de atletas homens e mulheres chegue a igualdade.

Ainda assim, as condições de preparação, incentivo, visibilidade e patrocínio das mulheres estão longe de serem iguais. Em geral, os homens têm salários mais altos e mais estrutura para se desenvolverem como atletas que mulheres, em diferentes países, inclusive no Brasil. Um exemplo é a discrepância entre os salários dos jogadores de futebol Marta e Neymar.

Para quebrar essa lógica, o Programa Bem Viver apresenta projetos sociais lutam pela equidade de gênero nos esportes, atuando em prol das mulheres atletas. São entidades responsáveis por apoiar e treinar mulheres que não teriam nenhum outro incentivo se não fosse a organização.

Vale destacar que na primeira edição dos Jogos na Era Moderna, em 1896, em Atenas, na Grécia, a competição era exclusiva de homens. Nas Olimpíadas seguintes, em 1900, foi a primeira com permissão para competidoras. Elas representavam 2% do total de atletas.

Meio ambiente

Diversas propostas legislativas ou entendimentos jurídicos estão em tramitação no Congresso Nacional e devem ganhar ainda mais destaque nas pautas legislativas e do Supremo Tribunal Federal a partir de agosto. São, por exemplo, os projetos de lei conhecidos por PL da Grilagem, PL 490, PL do Não Licenciamento e o Marco Temporal. Todos representam ameaças ao regramento ambiental no Brasil e às leis de proteção e regulamentação de territórios indígenas.

As propostas já estiveram perto de serem aprovadas, porém devido a mobilização popular foram deixadas lado. As mobilizações ocorreram pelas redes sociais e presencialmente, como o acampamento na Praça dos Três Poderes, em Brasília, organizado em junho por movimentos indígenas de diferentes etnias.

Confira no Programa Bem Viver quais as ameaças de cada proposta e como deve ser o desenrolar delas nessas próximas semanas.


Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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Edição: Sarah Fernandes