E o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização
A coordenação do Plano Nacional de Imunização (PNI) sumiu no meio da maior pandemia da nossa história, em meio à maior tragédia humana do nosso país. O Brasil caminha para se tornar o país com o maior número de mortos confirmados por covid-19, ultrapassando os EUA.
E em meio a tudo isso o Ministério da Saúde está há pelo menos duas semanas sem uma coordenação do Programa Nacional de Imunização.
Isso mesmo, temos estados e municípios fazendo orientações das mais diversas, muitas vezes contraditórias, sobre o calendário de vacinação e o Brasil, por conta do Ministério da Saúde de Jair Bolsonaro, está há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
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Estados e municípios estão com muitas dúvidas sobre priorização de grupos etários, priorização de segmentos populacionais, sobre o que fazer com os adolescentes, buscando retomar as aulas sem definições claras sobre o conjunto dos trabalhadores em educação e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
O país inteiro está com muitas dúvidas sobre dados da cobertura vacinal, que estão atrasados e inconclusos, sobretudo em relação ao volume de vacinas encaminhadas para os estados e municípios e sobre o número de vacinas já aplicadas e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
A população brasileira inteira, assim como os gestores estaduais e municipais, estão buscando fazer uma programação que reduza o número de milhões de brasileiros que ainda não tomaram a segunda dose e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
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São milhares e milhares de fakenews sendo espalhadas diariamente a respeito de vacinas, informações falsas sobre reação das vacinas, sobre qual vacina seria melhor, de qual vacina seria pior, levando muitas dúvidas ao conjunto da população e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
São informações desencontradas nos órgãos de imprensa, nos espaços de divulgação e a ausência total de uma campanha pública de vacinação, que deveria ser feita pelo Ministério da Saúde e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando do Programa Nacional de Imunização.
O mundo inteiro está discutindo quais devem ser as estratégias e prazos possíveis de novas doses de reforço da vacina da covid-19, quando devem ser aplicadas e em qual prazo e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
O mundo inteiro está tentando enfrentar os desafios para acelerar a produção de vacinas, estando extremamente preocupado sobre como vai ser a capacidade de produção de vacinas, caso de fato tenhamos que ter doses de reforço.
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Estados e municípios estão começando a anunciar calendários de doses de reforço para públicos idosos e profissionais de saúde e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
São dúvidas, dúvidas e mais dúvidas em relação a este plano lento de vacinação no nosso país. Um plano absolutamente insuficiente que não aproveita o potencial de vacinação que tem o Brasil - nosso país foi campeão nacional de vacinação pelo sistema público de saúde na pandemia da H1N1 - e o Brasil há mais de duas semanas sem o comando nacional do Programa Nacional de Imunização.
Sem qualquer outro comentário diante de tanta irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro, que está preparando mais uma reforma ministerial para acomodar aliados políticos a fim de blindá-lo, tendo em vista um possível impeachment por conta das investigações de corrupção na compra de vacinas.
Mas Bolsonaro se nega a definir a nova coordenação nacional do Plano Nacional de Imunização. Enquanto isso a pandemia continua e a fragilidade do nosso plano de imunização persiste no Brasil.
*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal eleito pelo PT-SP. Foi Ministro da Coordenação Política de Lula e da Saúde de Dilma e Secretário de Saúde na gestão Fernando Haddad. Leia outros textos.
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Leandro Melito