O número de internações ainda é alto e leva a uma superlotação dos sistemas de saúde
Apesar de um número de óbitos e de novos casos de Covid-19 ter registrado queda nos últimos dias ainda é cedo para falar em controle da pandemia no Brasil, segundo a médica emergencista Tainá Vaz, que participou da edição de hoje (5) do Programa Bem Viver. Esse cenário só deve ser atingindo com o aumento expressivo na vacinação que precisa chegar a pelo menos 70% da população. Atualmente, cerca de 12% das pessoas do país completaram o ciclo completo de imunização, com as duas doses das vacinas.
“Esse processo de oscilações nos números de casos e obtidos é a evolução natural da doença, epidemiologicamente falando. A pandemia só vai ser controlada realmente com a vacinação de pelo menos 70% da população”, diz a médica. “Esse número ainda alto de casos e internações leva a uma superlotação e a um estado de colapso dos sistemas de saúde.”
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Na pior semana da pandemia de 2020, o total de óbitos pela doença ficou na casa dos 7 mil, o que indicava uma média pouco acima de mil mortes por dia. Neste ano, desde março, os números estão sempre acima desses indicadores, chegando em alguns momentos ao triplo do registrado nas semanas mais duras do ano passado. Atualmente, são pelo menos 10 mil óbitos em uma semana pela doença.
“Governos estaduais e municipais dos grandes centros, onde esta avançando vacinação está um pouco mais avançada, entendem que é hora de reabrir e reduzir repasses para hospitais que tratam Covid-19. São Paulo chegou a demitir profissionais. Não estamos nesse momento. Ainda está longe de a pandemia acabar”, disse. “É muito precoce pensar em abandonar medidas de mitigação dos casos”.
Segunda dose atrasada
O Ministério da Saúde informa que 3,8 milhões de pessoas deixaram de tomar segunda dose da vacina contra Covid-19 no período adequado e por isso não estão completamente protegidas. A indicação é que elas procurem o mais rápido possível um dos postos de vacinação levando o comprovante da primeira dose.
Especialistas afirmam que não necessário repetir a primeira dose, mas que é fundamental tomar a segunda, mesmo que fora do prazo. Eles alertam que não concluir o ciclo de vacinação pode ser um desperdício de imunizantes.
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Vale lembrar que a segunda dose precisa ser feita com a mesma vacina da primeira. Ao todo, 70% das segundas doses atrasadas são da vacina Coronavac. Os estados que percentualmente têm mais pessoas que perderam o prazo de tomar o reforço são Amazonas, Ceará e Rio de Janeiro.
Além da vacina contra Covid-19, o Sistema Único de Saúde (SUS) também está em campanha de vacinação contra a gripe. Em diversos municípios, a última etapa da campanha termina na próxima sexta-feira (9), porém alguns deles já estenderam o prazo devido à baixa adesão a campanha.
Neste momento, o público prioritário para receber a vacina são pessoas com comorbidades; caminhoneiros; trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento; funcionários do sistema prisional; e a população privada de liberdade, incluindo adolescentes sob medidas socioeducativas.
Porém, em alguns estados e municípios, a vacina está liberada para todo mundo, como no Paraná, onde até 24 de junho, todos deve ir se vacinar contra a gripe, independentemente da idade. Até o momento, a taxa de adesão da vacina é de pouco mais de 40% em relação à expectativa do governo paranaense.
Arroz à carbonara
No quatro “Comida de Verdade”, a cozinheira profissional Letícia Massula ensina um prato delicioso, rápido e super nutritivo para aproveitar as sobras de arroz. A receita foi criada por ela e ainda não tem nome definido, mas ela batizou previamente de “arroz à carbonara”, apesar de não levar proteína animal, como no macarrão à carbonara original.
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Para preparar é necessário apenas arroz dormido, abobrinha, ora-pro-nóbis, queijo ralado, ovos, manteiga, pimenta e cebolinha. Depois de finalizado, o prato fica semelhante a um risoto, com textura cremosa e amanteigada.
A cozinheira compartilha também dicas práticas e simples de como reaproveitar o arroz, deixando ele com aspecto de recém-preparado.
Contra o bullying
Estudantes e professores do Instituto Federal do Mato Grosso criaram um aplicativo que ajuda a combater a prática do bullying entre adolescentes e jovens. Chamada “Viva Feliz Bullying Não”, a ferramenta permite que o usuário receba acompanhamento psicológico e faça denúncias online, além de acessar vídeos e artigos sobre o tema.
O canal de denúncia vale inclusive para quem não é vítima, mas presencia casos de bullying, uma prática que pode levar a depressão, ansiedade e até a casos de suicídio. O aplicado está disponível para download gratuito, nas lojas virtuais do Android e da Apple.
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Bullying é o ato de discriminação ou agressão, seja física ou verbal, contra uma pessoa por algum motivo. Essa expressão é muito utilizada para descrever violências realizadas por crianças e adolescentes contra colegas de escola, por exemplo.
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Edição: Sarah Fernandes