Agendadas com um intervalo de apenas uma semana, as manifestações deste sábado (03) levaram milhares de pessoas às ruas em todos os estados e no Distrito Federal e mantiveram a mobilização registrada nos atos dos dias 29 de maio e 19 de junho.
:: Repercussão: Veja transmissão do Brasil de Fato e da TV sobre as manifestações #3J ::
A avaliação da organização dos atos, coordenados pela Campanha Fora, Bolsonaro, é de que as revelações feitas pelos depoimentos na CPI da Covid, no Senado, que associam o governo Bolsonaro a um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra de vacinas, aumentaram a indignação do povo brasileiro.
O sentimento foi reforçado após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizar inquérito para investigar Bolsonaro pelo crime de prevaricação no caso da compra das vacinas Covaxin.
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O clima provocado pelas denúncias gerou a necessidade de incluir uma nova atividade nas ruas, a primeira após a apresentação de um superpedido de impeachment contra o presidente, assinado por diversas forças políticas da oposição. Não à toa que, em algumas cidades, os manifestantes usaram cédulas de dólar para protestar contra o suposto esquema.
Na Avenida Paulista, manifestantes fazem menção à suspeita de negociação de propina de 1 dólar por dose da Covaxin / Elineudo Meira
Além do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, as mobilizações também cobraram mais agilidade na vacinação e auxílio emergencial no valor de R$ 600. Outras bandeiras, como o combate a privatização, a luta pela demarcação das terras indígenas, os direitos da população LGBTQIA+ e a preservação do meio ambiente, também ganharam espaço nas manifestações.
"Há uma mudança de organização do primeiro ato para esse. Muitos cartazes, que não tinham no primeiro ato, e muitas pessoas querendo trazer sua mensagem para população, ora sobre o tema da CPI, como a questão da vacina; ora trazendo informações sobre familiares que foram vítimas da covid-19 e ora pedindo, com todas as palavras, o Fora, Bolsonaro", observou João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST, em transmissão realizada pelo Brasil de Fato e pela TVT que repercutiu a dimensão dos atos nacionais.
São Paulo
Em São Paulo, o ato se concentrou na Avenida Paulista, na parte da tarde, e reuniu milhares de manifestantes. A organização estima que mais de 100 mil pessoas participaram do ato. Personalidades políticas, como ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos e a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores(PT) Gleisi Hoffman participaram do ato.
"As manifestações de hoje mostram claramente que a população brasileira não aguenta mais um governo genocida no poder. Com apenas uma semana de convocação, são mais de 300 atos marcados em todo Brasil e grandes multidões em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Isso demonstra o sucesso das mobilizações e a capacidade da população de ir às ruas fazer pressão pelo impeachment já", afirmou Josué Rocha, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST)
:: Manifestações: "Fora, Bolsonaro" ::
"Nós temos os crimes. Agora falta só a responsabilidade do Congresso. E é só com pressão popular. A CPI tem sido fundamental para esclarecer as coisas. Tem sido fundamental para trazer à opinião pública as informações do que aconteceu", explicou a deputada federal Gleisi Hoffman, sobre a importância dos atos de rua como uma forma de pressionar pelo impeachment do presidente.
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Militantes do Levante Popular da Juventude em ato no Rio de Janeiro pelo impeachment de Bolsonaro - Créditos: Carl de Souza / AFP
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Protestos pelo impeachment de Bolsonaro reuniram milhares em diversas capitais brasileiras e cidades do interior no #24J - Créditos: Carl de Souza / AFP
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No Rio, manifestante segura cartaz com menção a supostos crimes do presidente Jair Bolsonaro na compra de imunizantes - Créditos: Stefano Figalo / Brasil de Fato
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Centenas de pessoas já se concentram na Avenida Paulista pelo Fora Bolsonaro, vacina no braço e comida no prato - Créditos: Pedro Stropasolas
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rganizadores estimam que ato "Fora Bolsonaro" no Rio reuniu cerca de 75 mil pessoas.; multidão ocupou a Avenida Presidente Vargas no centro da capital fluminense - Créditos: Stefano Figalo / Brasil de Fato RJ
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Palmeira das Missões (RS) teve doação de alimentos agroecológicos em ato crítico ao governo Bolsonaro - Créditos: Maiara Damian
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Tony Bellotto e Malu Mader participam de ato contra governo Bolsonaro no Rio - Créditos: @claricelissovsky
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Brasil e exterior expressam indignação contra Bolsonaro; já são 488 atos confirmados em 471 cidades de 17 países - Créditos: Stefano Figalo / Brasil de Fato
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Em Salamaca, na Espanha, manifestantes expressam a indignação com denúncias de corrupção na compra de imunizantes - Créditos: Divulgação
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No Rio de Janeiro, população protagoniza mais uma etapa da onda de manifestações que demandam o fim do governo de Jair Bolsonaro - Créditos: Stefano Figalo / Brasil de Fato
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Cidade histórica de São João del Rei anoiteceu com ato de luto e luta, com 2.000 velas acesas em memória das vítimas da covid - Créditos: Marcius Barcelos
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Ato em Viena (Áustria) expressa luto com as quase 550 mil mortes por coronavírus - Créditos: @RedeInfoA
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Em Palmas, no Tocantins, protestos contra Bolsonaro repudiam suspeitas de propina na compra de vacinas - Créditos: Marcha das Mulheres
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Em Belém, no Pará, militantes, ativistas, movimentos populares demandam o fim do governo Bolsonaro - Créditos: MAB
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Em Quixeramobim (CE), militantes do MST realizam ações de denúncia e exige vacina no braço e comida no prato - Créditos: Renato Araújo, Setor Comunicação MST
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Na Grande São Paulo, em Ribeirão Pires, ato começou a meia noite deste dia 24 de julho com um ato ecumênico em homenagem as mais de 330 vítimas de covid na cidade - Créditos: Guilherme Guilherme
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No #24J, em Maceió (AL), o povo estão nas ruas da orla da capital, pela defesa da vida do povo brasileiro - Créditos: Leonardo André
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Em Joinville (SC), os manifestantes se concentraram cedo com suas bandeiras, faixas e cartazes denunciando os desmandos do governo Bolsonaro - Créditos: Pedro mendes
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Ato na Praça do Derby, em Recife (PE), pede saída do governo Bolsonaro no #24J - Créditos: Afonso Bezerra
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Em Roraima, movimentos pedem vida, pão, vacina e educação. - Créditos: Platô Filmes
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Descontentes com gestão de Bolsonaro, milhares saem às ruas em SP por impeachment do presidente - Créditos: MIGUEL SCHINCARIOL / AFP
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Estudantes levam a pauta da educação também para os atos #ForaBolsonaro em Recife (PE) - Créditos: @caldaspedr
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Na Avenida Paulista, manifestantes fazem menção à suspeita de negociação de propina de 1 dólar por dose da Covaxin - Créditos: Elineudo Meira
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Concentração do ato #ForaBolsonaro em Curitiba (PR) tem presidente ignorando vacina enquanto compra cloroquina - Créditos: Giorgia Prates
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Em João Pessoa (PB), população faz homenagem às vítimas da covid; já são 522 mil no Brasil - Créditos: Abraão Moura
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Maioria dos manifestantes usam máscara de proteção contra covid em protesto no Rio - Créditos: Stefano Figalo / Brasil de Fato
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Enorme faixa com os dizeres "Fora Bolsonaro" é estendida em Berlim, na Alemanha, - Créditos: @eitapoxandre
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Jovens se somam às manifestações pela saída de Bolsonaro em Campina Grande na Paraíba - Créditos: Bianca Liege
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No Recife, manifestantes fazem inscrição "Bolsonaro Genocida" no asfalto em crítica à conduta do presidente no combate à pandemia - Créditos: Rafael Bandeira
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Em ato #3JForaBolsonaro em Maceió (Alagoas), manifestante faz menção às vítimas da covid e ao suposto esquema de corrupção da Covaxin - Créditos: Gustavo Marinho
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No Recife, população protesta contra esquema de corrupção envolvendo a compra de vacinas - Créditos: Brasil de Fato
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Em Ouro Branco (MG), manifestantes vão às ruas para criticar a privatizações das estatais e a venda da Eletrobras - Créditos: MAB
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No Rio de Janeiro, manifestantes se reúnem em torno do monumento Zumbi dos Palmares, no centro da cidade - Créditos: Eduardo Miranda / Brasil de Fato
Atos por todo país
Em Porto Alegre, a mobilização também ocorreu no turno da tarde. Segundo cálculos da organização, mais de 50 mil pessoas caminharam entre o Largo Glênio Peres e o Largo Zumbi dos Palmares. Um público muito superior ao registrado no ato anterior. Um cenário parecido com Curitiba, no Paraná, que conseguiu mobilizar mais de 10 mil pessoas neste sábado. Os manifestantes caminharam pelas ruas do Centro, seguindo um tradicional percurso das atividades políticas na capital.
:: Saiba como foram os atos realizadas na manhã deste sábado (3) ::
Em Brasília, o tema do impeachment prevaleceu. Os manifestantes fizeram uma intervenção cobrando do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) a admissão dos pedidos de impedimento do presidente.
Outras capitais registraram mobilizações durante todo o dia, como Fortaleza, João Pessoal, Maceió, Florianópolis e São Luís, além de cidades médias e pequenas do interior. Segundo a organização, houve atos em mais de 312 cidades do Brasil e mais de 35 cidades em 16 países do exterior.
Edição: Vivian Virissimo