A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, nesta sexta-feira (2), a abertura de uma investigação contra o presidente por prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin.
Segundo depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e do servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do parlamentar, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Bolsonaro foi avisado por eles sobre irregularidades na compra da vacina em uma reunião realizada no dia 20 de março. A investigação vai buscar entender se o presidente não fez nada em relação à denúncia.
Clã Bolsonaro é investigado sobre crimes digitais
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai apurar situações envolvendo a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma investigação para apurar um possível grupo criminoso digital com o objetivo de atacar instituições e prejudicar a democracia.
A ideia do ministro é apurar "a presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político com a nítida finalidade de atentar contra a democracia".
Aberto em 2020, o inquérito busca investigar Bolsonaro e seus aliados, que estão envolvidos em protestos em prol do fechamento do STF e do Congresso e a volta da ditadura.
:: Escândalo da compra da Covaxin e atos de rua testam aliança de Bolsonaro com Centrão ::
Na apuração, a Polícia Federal (PF) conseguiu informações sobre o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, o blogueiro Allan dos Santos e o empresário Otávio Fakhoury.
Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, filhos do presidente, são citados na decisão como os possíveis membros do núcleo político da organização criminosa.
Na última quinta-feira (1º), Bolsonaro fez uma ameaça sobre o inquérito. "Se avançarem, entro no campo minado chamado vale tudo", afirmou em sua live.
“A pressão vem para cima da gente, para o pessoal da família. Veio inquérito especial para os meus dois filhos hoje. O mais velho e o zero dois, sobre fake news”, disse.
Flávio Bolsonaro também resolveu se manifestar sobre o assunto em suas redes sociais e disse que a abertura do inquérito era "surreal". "Grupo de WhatsApp virou organização criminosa", escreveu em seu Twitter.
Lamento profundamente a instauração de novo inquérito de “Fake News” pelo min Alexandre de Morais.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 2, 2021
Mobilização política para combater a oposição ao governo Bolsonaro foi transformada em “ataque à democracia”.
Grupo de WhatsApp virou “organização criminosa”.
Surreal…
Edição: Leandro Melito