A atleta de vôlei de praia Carol Solberg ingressou nesta semana na Justiça com uma ação criminal contra o youtuber bolsonarista Felipe Lintz Tedeschi. No processo, o influenciador digital é acusado de difamação por espalhar ofensas e fake news, entre elas, que a atleta teria perdido patrocínios nos últimos meses.
Os advogados de Carol pedem indenização de R$ 100 mil por danos morais, também que os conteúdos sejam retirados do ar.
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Os vídeos que tratam sobre a atleta começaram a ser publicados pelo youtuber em dezembro do ano passado, poucos meses após ela se manifestar por “Fora, Bolsonaro”, ao finalizar uma entrevista ao canal SporTV, depois de ganhar o bronze em uma partida da etapa de Saquarema (RJ), do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.
Além de ofender a jogadora, o influenciador digital afirma nos vídeos que ela teria perdido os patrocínios do Banco do Brasil como uma reação pessoal de Jair Bolsonaro à sua manifestação. No entanto, o Banco do Brasil não patrocina diretamente a atleta e, sim, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
“O Banco do Brasil tem um contrato bilateral com a CBV em que apoia as três duplas mais bem ranqueadas – situação na qual Carolina se insere no momento –, custeando gastos tais como passagem e hospedagem. Carolina estampa a marca do banco em seu uniforme, portanto, por se tratar do patrocinador oficial da CBV, não dela, individualmente”, explicam os advogados da atleta no texto do processo.
Felipe Lintz reúne mais de 1,22 milhão de inscritos em seu canal no YouTube, chamado “O Jacaré de Tanga”. Em outro canal, que leva seu nome, tem 78,6 mil inscritos. Também tem uma página no Facebook com 63.522 seguidores e uma no Instagram com 10,5 mil seguidores.
Além da atuação nas redes sociais, nas últimas eleições, em 2020, Felipe foi candidato a prefeito de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
No período em que era candidato, Felipe sofreu uma condenação da Justiça que o obrigou a pagar R$ 6 mil de indenização por danos morais após ter publicado em seu canal do YouTube ofensas contra o então Secretário Municipal de Segurança de Mogi das Cruzes, Paulo Roberto Sales. A Justiça também determinou que os vídeos fossem tirados do ar.
Edição: Jaqueline Deister