Na década de 1990 adotamos um modelo de mercado no setor elétrico e ele trouxe problemas
A privatização da Eletrobras durante uma crise sanitária, econômica e diante da possibilidade de racionamento de energia elétrica é uma opção “irresponsável” e um “tiro no escuro” para o país, segundo o engenheiro Renato Queiroz, que é professor do grupo de energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele foi entrevistado na edição de hoje (10) do Programa Bem Viver para debater os riscos da venda da estatal, que foi aprovada pela Câmara Federal em maio.
“Se o Senado aprovar a medida provisória de privatização da Eletrobras será um tiro no escuro, uma inconsequência. Na hora de uma crise sanitária e econômica, com possibilidade de falta de eletricidade, é dar um tiro no escuro dizendo que vai melhorar quando vender. Como? O passado não nos mostra isso. Esse processo só vai criar incertezas e riscos”, disse. “A Eletrobras também ajuda a resolver conflitos e implantar programas ambientais. É uma empresa elétrica mas também social.”
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Na avaliação do engenheiro, a crise energética que se anuncia é resultado de falhas de anos, que perpassam diferentes governos. Os níveis de água em reservatórios estão baixos, beirando os 35% da capacidade, em uma situação que pode ser comparada com o chamado “apagão” de 2001, quando houve racionamento de energia elétrica em diversas regiões do país.
Agora, no entanto, não há uma estrutura coordenada no governo para enfrentar a crise e as alterações nos regimes de chuva são ainda mais intensos, devido às mudanças climáticas, como ressalta o professor. “Tivemos uma estiagem muito grande no período de chuvas, em geral entre dezembro e maio. Somado a isso temos um modelo de mercado no setor elétrico, que foi implantado na década de 1990, que não funcionou em partes e que trouxe problemas no longo prazo”, diz.
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Gestantes na pandemia
A taxa de letalidade por Covid-19 entre gestantes e puérperas, as mulheres que tiveram filhos a menos de 45 dias, é maior que o dobro da média do país. Enquanto na população geral a mortalidade pela doença ficou em 2,8%, entre esse grupo de mulheres ela atingiu 7,2%, segundo o último boletim do Observatório Coivd-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Especialistas alertam que gestantes têm mais probabilidade de desenvolver formas graves da doença, em especial entre as 32a e 33a semanas de gestação. O estudo Pandemia nas Américas, divulgado em maio desse ano pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS), também confirmou um aumento relevante no número de óbitos de gestantes e puérperas em 12 países, entre janeiro e abril.
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O Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 apontou que os óbitos maternos em 2021 já superaram os de 2020. No ano passado foram 544 obtidos em gestantes e puérperas por Covid-19, com uma média semanal de 12,1 óbitos. Neste ano, no entanto, só até 26 de maio, foram registrados 911 óbitos nesse grupo de mulheres, com uma média semanal de 47,9 mortes.
A instituição também comprova que existe um perfil das pacientes que estão sofrendo mais com a pandemia, que são aquelas que têm comorbidades como diabetes, doença cardiovascular ou obesidade.
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Erva-mate
Muito consumida como chimarrão ou tererê, a erva-mate é também um alimento saudável e um elemento chave da cultura de parte da população brasileira, em especial dos moradores da região Sul e dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além dos vizinhos Argentina, no Uruguai e no Paraguai.
“A bebida é considerada um alimento saudável, porque tem alto teor de cafeína, teobromina e saponinas. Também tem vitaminas do complexo B, em especial a vitamina B1, vitamina C e sais minerais como cálcio, ferro, fósforo e manganês. É considerado um estimulante, um bom diurético e um facilitador da digestão”, diz a nutricionista Ana Paula Ferreira.
A erva mate é rica em nutrientes e é considerada um estimulante natural. Por isso ela não deve ser consumida por pessoas que sofrem de insônia, ansiedade e hipertensão, pois tem uma grande quantidade de cafeína.
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Edição: Sarah Fernandes