Se nos animais a doença não se espalha, porque justo nos humanos ela foi se espalhar?
Mais de um ano depois do início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a situação do país ainda é permeada por muitas incertezas. Conhecemos algumas particularidades sobre o vírus, mas ainda restam muitas dúvidas, em especial sobre as novas cepas e sobre o avanço da vacinação. Por isso, o radinho BDF convidou crianças para entrevistarem médicos e cientistas o quanto avançamos nas pesquisas sobre a Covid-19.
O Médico de Família e Comunidade, Aristoteles Cardona Junior, o Ari, e a biomédica e pesquisadora, Mellanie Fontes Dutra embarcaram com as crianças e compartilharam mais sobre o seu trabalho durante a pandemia, dando dicas de como se prevenir na volta às aulas e nos deslocamentos necessários.
“Como a China conseguiu descobrir o coronavírus?”, perguntou Adrian, de 9 anos. “Foi um grande esforço de pesquisadores que começaram a estudar muito esse vírus e a partir desses muitos experimentos, comparando com outros vírus dessa mesma família que já conhecíamos, constatamos que era um vírus novo”, respondeu Mellanie.
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“Se nos animais a doença não se espalha, porque justo nos humanos ela foi se espalhar?", perguntou Eloisa, de 9 anos. “Para nossa tranquilidade o que a gente sabe é que esse vírus é não tem a chave apropriada para entrar nas células de cães e gatos e se multiplicar”, respondeu Ari.
Preocupações
As crianças aproveitaram o espaço e expressaram suas maiores preocupações e receios sobre a pandemia. “O vírus se multiplica muito, muito e muito rápido”, diz Pedro Henrique Di Cico, de 10 anos.
Um dos principais pontos foi a transmissão do coronavírus: no início pensávamos que ele só podia ser transmitido por contato, mas depois descobrimos que a principal forma de transmissão eram as gotículas de saliva.
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“O que me preocupa é que as pessoas já estão abrindo os comércios, sendo que ainda não acabou isso tudo. Tem muita gente saindo sem máscara e até indo para baladas”, diz Adrian, de 9 anos.
Pesadelo na pandemia
Pela voz de Amanda Jorrido grupo de contadores de histórias Contadores do Sótão conhecemos a história de Pedro, um menino que sonhou que um vírus novo se espalhava pelo mundo. Foi um período bem difícil, mas no final ele aprendeu lições muito importantes. Quais serão? Para descobrir só ouvindo essa história escrita especialmente para o Radinho BDF.
E para continuar valorizando as descobertas baseadas em experiências, as crianças são convidadas a uma brincadeira inusitada: descobrir de onde vem os sons ao seu redor e testar barulhos que diferentes objetos ao nosso redor podem fazer. Quem ensinou foi Milton Lira, educador do Centro Cultural Banco do Brasil.
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Vitrolinha de Fato
No programa, as crianças puderam ainda curtir uma playlist especial e muito dançante. Entraram na lista Tom Zé, com “Amanhã de manhã”, Adriana Calcanhoto, com “E o mundo não se acabou” e Badulaque “Ficar em casa”.
Edição: Douglas Matos