Rio de Janeiro

Reação

Entidade de jornalismo repudia ataque à imprensa durante manifestação pró-Bolsonaro

"Intimidação de repórteres por apoiadores Bolsonaro tem objetivo de impedir a cobertura dos fatos", disse Abraji em nota

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Bolsonaro RJ
Ato de Bolsonaro começou na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e terminou no Aterro do Flamengo, na Zona Sul da cidade - André Borges/AFP

Em resposta à intimidação de repórteres por políticos e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) registrada no último domingo (23) durante o ato de apoio ao governo ocorrido no Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota em que repudia e classifica como "violação à liberdade de imprensa". 

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Conforme noticiado pelo Brasil de Fato, durante a manifestação, o repórter da CNN Pedro Duran foi agredido verbalmente por apoiadores do presidente e impedido de fazer a cobertura jornalística.

Vídeo divulgado pelo vereador bolsonarista Douglas Gomes (PSL), de Niterói (RJ), mostra o jornalista sendo atacado por bolsonaristas, que gritam “vagabundo”, “lixo” e “CNN lixo” para o profissional de imprensa. Policiais militares escoltaram o jornalista até uma viatura para que ele saísse do local em segurança.

"A intimidação de repórteres por políticos e militantes ligados a Jair Bolsonaro tem como objetivo impedir a cobertura de fatos de interesse público e, portanto, é uma violação à liberdade de imprensa. Tal comportamento é incentivado pelo presidente da República, que frequentemente propaga teorias conspiratórias, ofensas e discursos estigmatizantes contra jornalistas. A obstrução do trabalho da imprensa é antidemocrática e se espera dos poderes Legislativo e Judiciário uma posição firme em defesa dos direitos humanos e da civilidade na convivência entre cidadãos de diferentes opiniões", afirma a entidade na nota.

Edição: Mariana Pitasse