Os dados divulgados neste domingo (23) no boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informam que o Brasil registrou 860 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 449.068 mortes no país. Embora os números representem uma pequena queda, aos domingo, os números tendem a ser menores devido à redução na coleta de dados durante o final de semana, o que pode levar a uma subnotificação.
Enquanto o país se aproxima à marca de meio milhão de mortos vítimas do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, participaram de uma aglomeração em um ato com motociclistas na cidade do Rio de Janeiro. Evitando o uso da máscara - uma das medidas de proteção mais recomendadas para evitar o contágio -, Bolsonaro discursou em cima de carro de som para seus apoiadores. O evento ocorre dois dias após o presidente causar aglomeração e ser multado pelo governo no estado do Maranhão.
São Paulo segue liderando o ranking com maior número de casos e mortes em 2021, com 3.188.055 casos e 107.614 óbitos, enquanto o número total de casos confirmados no país inteiro é 16.083.258.
Leia também: Cepa indiana e aumento de casos acendem alerta para terceira onda no Brasil
Até o último sábado (22), o país administrou 62.015.529 doses da vacina e ocupa o 63º no ranking global da imunização contra covid-19 na relação a cada 100 habitantes. Especialistas afirmam que o ritmo da vacinação é lento e que a ameaça da terceira onda será ainda mais agressiva em cidades do interior.
O Brasil registrou na última quarta-feira (19) o primeiro caso de contaminação pela B.1.617, a cepa indiana. Um homem de 54 anos – tripulante do navio Shandong da Zhi, que transporta minério de ferro para a Vale – está internado em São Luís do Maranhão com a variante do vírus. Outros cinco membros da tripulação estariam contaminados.
A embarcação partiu da Malásia no dia 27 de março e passou pela Cidade do Cabo, na África do Sul. Cem pessoas que tiveram contato com os contaminados estão sendo monitoradas. A cepa indiana é vista com grande preocupação por especialistas.
Edição: Luiza Mançano