Coronavírus

Ocupação de leitos em região em que está internada irmã de Bolsonaro é maior a 90%

Taxa de leitos de UTI no Departamento Regional de Saúde de Registro está em 94,4%, segundo a Seade

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Vânia Rubian Bonturi Bolsonaro em campanha eleitoral de 2018 para seu irmão, Jair Bolsonaro - Reprodução/Facebook

Vânia Rubian Bonturi Bolsonaro, uma das irmãs de Jair Bolsonaro (sem partido) está internada com suspeita de covid-19, no Hospital São João, em Registro (SP). A informação é do portal UOL.

O estado de saúde da irmã do presidente da República não foi revelado. Ela possui uma rede de lojas de varejo de móveis e eletrodomésticos em Cajati (SP), município que pertence ao Departamento Regional de Saúde XII - Registro. Até a última quinta-feira (20), a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 no DRS XII - Registro, era de 94,4%, e a de leitos de enfermaria, 80,7%.

Os dados são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos (Seade), é um órgão da Secretaria de Planejamento e Gestão‎ do Governo do estado de São Paulo.

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Na última quinta (20), a médica sanitarista e pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Lúcia Souto, afirmou que o Brasil está entrando na terceira onda da pandemia de covid-19. “Os dados estão mostrando isso. O sistema de saúde começa a colapsar e em alguns lugares já estão colapsado”, disse Souto em entrevista ao Jornal Brasil Atual.

Família Bolsonaro e o Vale do Ribeira

Menos conhecida publicamente entre os familiares mais próximos de Jair Bolsonaro, o nome de Vânia Bolsonaro veio à tona em 2018, em denúncia feita pelo site De Olho nos Ruralistas, sobre seu marido, Theodoro Konesuk, por invasão de terras quilombolas.   

Segundo o portal, Konesuk foi condenado a devolver uma área pertencente aos remanescentes do quilombo do Bairro Galvão, em Iporanga (SP), município vizinho de Eldorado, em decisão da Justiça no dia 10 de setembro de 2018. 

A história é frequentemente associada à fala racista de Jair Bolsonaro em palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, em que afirmou: "Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles". 

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A região do Vale do Ribeira, onde moram a mãe e quatro irmãos, concentra o maior número de quilombos do estado de São Paulo. Segundo a Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras (Eaacone), ao todo, são 33 comunidades, com 1.573 famílias e 4.602 habitantes.

 

Edição: Mauro Ramos