Na última semana, a Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, anunciou que poderá suspender suas atividades, caso o governo federal não desbloqueie o orçamento destinado à instituição em 2021. Em reação à notícia, estudantes e servidores da universidade realizaram na noite da última quarta-feira (19) uma manifestação.
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O ato reuniu cerca de 500 pessoas e teve como percurso uma caminhada da Praça da Cantareira, em São Domingos, onde se situa o Gragoatá, principal campus da UFF, até a Praça Arariboia, na região central da cidade. Nas faixas, os manifestantes pediram por “fora, Bolsonaro”.
O orçamento da UFF para o ano de 2021 teve um corte de aproximadamente 19% na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pelo Congresso Nacional. Essa proporção é similar às reduções aplicadas às demais universidades federais. Os recursos discricionários utilizados para gastos de custeio e de capital caíram de R$ 175,7 milhões de reais para R$ 142,9 milhões de reais. Ou seja, um corte de aproximadamente R$ 32,9 milhões.
Na última sexta-feira (14), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que o governo federal cedeu às pressões e liberou R$ 2,61 bilhões para as universidades federais. Os recursos serão destinados para despesas que não incluem pagamento de pessoal.
No entanto, os reitores das instituições ainda pressionam o governo federal para que sejam desbloqueados R$ 650 milhões do total previsto de R$ 4,7 bilhões. As instituições também querem a liberação de mais R$ 1 bilhão para recompor o orçamento total de 2020, que foi de aproximadamente R$ 5,6 bilhões.
Edição: Mariana Pitasse