Nesta quinta-feira (20), os trabalhadores da Petrobras Biocombustível (PBio) entrarão em greve por tempo indeterminado.
O movimento da Federação Única dos Petroleiros (FUP) é pela manutenção dos empregos das petroleiras e petroleiros da subsidiária, que está em processo final de privatização.
A privatização da Petrobras Biocombustível foi anunciada em julho de 2020 e está na fase vinculante de venda das usinas.
Fundada em 2008, a subsidiária é uma das maiores produtoras de biodiesel do país, com mais 150 trabalhadores, entre técnicos de operação, químicos, engenheiros, médicos e advogados.
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Segundo à FUP, o setor de Recursos Humanos (RH) da PBio quer usar o modelo de venda da subsidiária como “impossibilidade jurídica” para atender à reivindicação da FUP e dos sindicatos de transferência dos trabalhadores para outras unidades do Sistema.
Para o coordenador do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), Alexandre Finamori, a greve é pela manutenção dos empregos dos trabalhadores concursados da PBio, que já receberam todo o treinamento para atuar na empresa e ouviram, em 2019, a promessa de que seriam realocados a outras áreas do Sistema Petrobras em caso de venda da holding.
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Com a greve, os trabalhadores, a FUP e as direções dos Sindipetros buscam reabrir as negociações com a nova diretoria da estatal para que seja revisto o envio desses trabalhadores para a sumária demissão pela nova empresa.
A greve irá paralisar as atividades nas usinas de biocombustíveis de Candeias, na Bahia, e de Montes Claros, em Minas Gerais, além da sede da subsidiária, localizada no Rio de Janeiro. A usina de Quixadá, no Ceará, que também foi colocada à venda como as outras unidades, está em hibernação.
Entenda a importância da greve dos trabalhadores e da luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás no Facebook.
Edição: Leandro Melito