A liberdade do Lula está muito relacionada com a liberdade do Brasil
A coordenadora de comunicação da Campanha Lula Livre, Ana Flávia Marques, anunciou hoje (12), em entrevista ao Programa Bem Viver, que o coletivo está produzindo um novo documentário, desta vez contanto os bastidores, as lutas e as vitórias da Campanha Lula Livre. Trata-se de uma ação política apoiada por movimentos sociais e entidades sindicais, ativistas e personalidades de mais de 50 países pela liberdade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
O último filme produzido pelo Comitê Nacional Lula Livre, chamado “Crimes da Lava Jato – um jogo de cartas marcadas”, havia sido lançado no sábado passado (8). Ele finalizou a trilogia de curta-documentários que resgata as ações cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelo Procurador da República Deltan Dallagnol durante a Operação Lava Jato.
As produções, dirigidas pela cantora e compositora Doralyce e pelo MC Lucas Alfonso, destacam os crimes de prevaricação, corrupção passiva e abuso de autoridade cometidas durante a Lava Jato. Elas estão disponíveis gratuitamente na página do Comitê Nacional Lula Livre.
“Essa luta não acabou. A liberdade do Lula está muito relacionada com a liberdade do Brasil. É uma luta de vários setores, que tem a ver com a economia do Brasil. A quadrilha da Lava Jato se articulou bem com os Estados Unidos, acabou com os empregos na construção civil e causou sérios impactos na Petrobras e na nossa economia”, disse Ana Flávia, em entrevista ao Programa Bem Viver.
Leia mais: Os “pecadilhos” da Lava Jato e o futuro da democracia no Brasil
Intoxicação por agrotóxicos
Mais um caso grave de intoxicação por agrotóxicos depois de pulverização aérea dos produtos foi registrado na última semana, desta vez no município de Morrinhos, em Goiás. Ao todo, 47 agricultores foram atingidos enquanto trabalhavam em uma plantação e foram encaminhados direto para um hospital na região.
Todos receberam alta e passam bem, porém não se sabe quais podem ser os efeitos do contato direto com o veneno no longo prazo. Está comprovado que os agrotóxicos são mais nocivos com o passar do tempo, por isso é fundamental continuar monitorando a situação dos 47 trabalhadores infectados em Goiás.
Na última semana, uma criança de 7 anos teve queimaduras na pele após ter contato com agrotóxicos pulverizados por um avião, no estado do Maranhão.
Leia mais: "Coquetel de veneno": organizações denunciam risco crescente do uso de agrotóxicos
Reforma Agrária
Movimentos sociais do campo temem que a aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio, possa atrasar ainda mais os projetos de reforma agrária travados no Executivo Federal desde o começo do governo do presidente Jair Bolsonaro. Isso porque Marco Aurélio é o responsável por avaliar uma arguição de descumprimento fundamental impetrada por organizações sociais há meses, pedindo que o governo cumpra o que a Constituição diz sobre redistribuição de terras improdutivas.
Quem vai ocupar o lugar de Marco Aurélio, que está há menos de 2 meses da aposentadoria, será um indicado por Bolsonaro, o que aumenta o risco dessa ação ser deixada de lado definitivamente. Desde o começo do governo Bolsonaro, a reforma agrária tem sido alvo de cortes sistemáticos.
A primeira ação foi logo nos primeiros dias da gestão, com o despacho de um memorando do Governo Federal para travar 413 processos de desapropriação e aquisição de terra que estavam no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Bolsonaro sempre fez questão de comentar que é contra a reforma agrária e que seu governo não vai entregar terra para agricultores ou comunidades indígenas e quilombolas. A política de democratização do acesso à terra já assentou ao menos 500 mil famílias só na primeira década dos anos 2000.
Vale atentar que a defesa pela retomada da reforma agrária deixou de ser uma bandeira apenas dos movimentos sociais e passou a ser cobrada também pelo Ministério Público e por entidades internacionais.
Leia mais: A fome só é erradicada com política de Estado
Sintonize
O programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.
Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).
A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected]
Edição: Sarah Fernandes