Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (11), os metroviários de São Paulo decidiram acatar proposta feita em reunião de conciliação com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), manter o estado de mobilização da categoria e voltar a negociar com a diretoria da empresa na próxima segunda-feira (17). Com isso, a greve por tempo indeterminado que começaria a partir desta quarta (12) foi suspensa.
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A categoria faz nova assembleia na terça-feira (18) para debater os resultados da reunião do dia anterior, que será supervisionada pelo TRT e acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Se não ocorrerem avanços para uma proposta que contemple as reivindicações dos metroviários, a assembleia deverá votar a greve a partir da quarta (19). Trabalhadores já acumulam quase 10% de perda salarial em dois anos e esperam que Metrô de SP apresente proposta que contemple reivindicações.
Reajuste salarial
De acordo com Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, os diretores do Metrô propuseram um acordo de trabalho que não prevê reajuste salarial para os trabalhadores, que já não tiveram aumento nos dois últimos anos. “O Metrô, desde o início da campanha, praticamente não negociou”, diz o dirigente.
Ele conta que na última reunião, realizada na sexta-feira (7), a direção da empresa chegou a retirar da proposta de renovação do acordo coletivo cláusulas como adicional de férias, adicional noturno e gratificação por tempo de serviço. “São itens bastante caros para a categoria.” A data-base é 1º de maio.